domingo, 27 de agosto de 2017

" OS PICA MIOLOS "

Temos uma sociedade provinciana, onde o mal dizer alimenta os egos mais ignorantes. Podia haver uma alfabetização de consciências onde os ditos “Pica miolos”, pudessem descarregar suas mágoas sem incomodar quem na vida deles não se intromete. Num rasgo de inteligência parece que estes “pica miolos” gostam de guerras estéreis, picando-se uns aos outros. Mentalidades reacionárias e não precisam de ser de direita para serem reacionárias, porque destas mentalidades também existem com fartura na esquerda “democrática”.  Ninguém se convence que terão de pagar neste mundo pelo mal que fazem ao seu semelhante é  a lei da vida e não há como fugir. Portanto, sejamos mais bonzinhos com o nosso semelhante, não cobicemos o bem alheio, é muito feio a inveja, e o mal dizer. Entreguemos a nossa alma ao amor, só o amor nos pode salvar.
Por favor não me venham com teorias da conspiração… Hoje, mais do que nunca, temos que salvar Portugal duma anarquia sentimental sem fundamento.

Gorgua


sábado, 26 de agosto de 2017

O meu Castelo em fogo

E  a noite surgiu, um clarão em forma de Castelo das tormentas. Muito azedume passou pelas tuas pedras gastas de um tempo sem dó e piedade. Masmorras feitas em dor... Celebraram os esquizoides comprometidos com invejas e ciúmes desnecessários.
Um dia cheguei à conclusão que a luta não era para ser perdida, mas sim para vencer. A esperança de melhores dias nunca chegou ao fim, nem nunca chegará, esse sempre foi o meu lema e que me mantém vivo até hoje.
Temos que ser fortes como o aço 305 C, melhores do que nunca no combate à mediocridade. Gastar energias no que vale mesmo apena, e não em perdedores famintos de perdas alheias, porque é mesmo disso que eles se alimentam, das perdas alheias. Não ter vida própria é uma chatice, não acham? Ser alcoviteiro é muito feio e aborrecido. Deixemos a aurora nascer, porque o dia nos dirá a verdadeira razão do que andamos aqui a fazer nesta natureza adulterada pelo homem do betão.
Põe a mão no peito e diz que és um ser que deve ser respeitado pelos homens e mulheres, porque os animais  e a natureza já te respeita e te aconselham a forma mais simples de chegares à felicidade.  Pena é que tu, eu, eles, não a respeitem na sua plenitude. Mas é verdade, é verdade, meus amigos, estamos todos enganados no que diz respeito ao amor, ele está na natureza, não na cidade cosmopolita atrofiante. Olhem de frente para o verde da natureza, para as águas cristalinas dos rios e riachos que escorregam por penedios, olhem as aves nos seus voos magníficos. Olhem a natureza a procriar e a ensinar-nos o que é vida. Sim o que é vida...

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O nosso entrudo chocalheiro

Todos têm um entrudo chocalheiro nas suas vidas. A necessidade de espantar os fantasmas, libertar os medos que aparecendo, e, talvez, numa forma chocalhada, em movimento e sonoramente, levam para longe tudo o que nos vem fazendo mal.
Temos uma cultura idílica de imagens e objetos aculturados ancestralmente que nos identificam como um povo de crenças profundas, sendo elas profanas ou religiosas.
Os nossos entrudos chocalheiros apresentam-se durante todo o ano, e não só no domingo gordo carnavalesco. Uns são loucos, outros yuppies, outros meninos bem comportados da sociedade  politicamente correta. Mas no meio desta salada russa podemos encontrar os outsiders que mesmo coniventes com a sociedade vão vivendo um mundo aparte de partilhas conectadas com a psicose paranoide. Sabe-se que mais de dois terços da sociedade atual é psicótica, quer os eruditos intelectuais queiram ou não. O mundo cientifico pode provar isso, com estudos psico sociais ao longo de mais de quarenta anos.
Um outsider social é sempre um problema sério para resolver. Porque, quem de direito legal pode julgar um ato de criatividade. Os críticos de café e de praça provinciana nunca chegaram a conclusão nenhuma e podem estar a marginalizar génios da sociedade. Por exemplo: Galileu... 
É bom que chocalhemos as consciências mais conservadoras do regime que só pensam numa igualdade virada à esquerda enquanto fazem vida virada à direita burguesa.
Foto: #33688ARA

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

COMO UM RIO CORRENDO PARA O MAR...

Numa encosta vinhateira do Douro, lá para os lados de Peso da Régua, vivia Joaquim Duarte, homem de lavouras tristes e pouco rentáveis. Homem de boa constituição física, moreno, estatura alta, de cabelos negros e olhos castanhos avelã que penetravam num horizonte, de um dia tentar uma vida nova no grande Porto. Os pais já bastante idosos, já o fecundaram em idade tardia, sendo este o seu único filho.
Joaquim, depois de uma campanha em África ao serviço do Estado Novo, onde o serviço militar era obrigatório, e havendo só duas soluções; uma era cumprir o serviço militar, que muitas vezes, passava por ir para as províncias ultramarinas, combater um inimigo invisível naquela altura dos anos 50 do século passado. A outra era desertar e sair do país para nunca mais voltar, ou então voltar à socapa, fugindo aos olhos da PIDE/DGS.
Depois dos três anos de campanha ultramarina, voltou para as terras agrícolas de seus pais, que já não as podiam trabalhar devido há idade avançada. Tinha alguns socalcos de vinha para tratar que lhe dariam algumas pipas de vinho, mas o rendimento líquido era muito pouco. A cooperativa da Casa do Douro dava pouco dinheiro pelas suas uvas. Os pequenos vinicultores eram por vezes, explorados nos seus parcos negócios.
Um dia cansado daquela vida pobre, resolveu vender as suas terras, aquando da morte dos pais, e rumou até ao grande Porto, com o sonho de uma vida nova e de melhor qualidade.
 
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

E depois o que virá!...

Será aqui neste recanto encantado, na minha casa do sol nascente, que escreverei os últimos manuscritos do poeta escritor, mal amado, que a titulo póstumo será evocado aos quatro ventos, as suas epopeias delirantes inseridas numa realidade inconformada.
Será aqui, e só aqui, que poderá ter o descanso merecido, aqui na casa do sol nascente, cairão as suas cinzas para ser reencarnado num ser bom a majestoso. Os males cairão por terra lavrada ao som das águias que nos seus piares temerosos percorrem montes e vales.
Deixai pensar que sou um louco, um parvo sem remedeio, um irresponsável, mas aguerrido para não cair por terra.  Enquanto houver força para andar, continuarei até rastejar no esterco que me criarem. Não deito fora o bem que me fazem, venero tudo de bom que fazem por mim, e tudo que possa fazer para o bem de todos será feito, nada será deixado ao acaso.

Quito Arantes em língua inglesa

Tenho duas edições recentes em língua inglesa: The four Seasons and a Townie, e In the house of Le Patriarche.
Generosamente traduzido pela Dr.ª Paula Ferreira, minha grande amiga que de forma exímia fez com que estes dois meus livros pudessem ser lidos em Inglês.
Podem questionarem-se quem é Peter Quiet, é nem mais nem menos o meu pseudónimo criado para a língua inglesa.
The four Seasons anda a Townie é um louvor há natureza na sua forma mais pura que encontrei em terras de Castro Laboreiro, retratando as quatro estações do ano na Serra de Castro Laboreiro.
In the House of Le Patriarche, só estando publicado em língua inglesa fala-nos da experiência do protagonista da história no seio da "seita" Le Patriarche ramificada por várias partes do mundo. Uma história real e que muitos poderiam testemunhar.

sábado, 19 de agosto de 2017

Lagoa Azul

 

Podia ter acontecido em outro lugar qualquer, mas Deus achou que seria nesta brandura azulada que me daria ser para poder falar por mim mesmo.
Como o próprio poema diz: O teu conforto em mim, vale o de um sonho que me traz à vida.
Voltei a dar mais uma volta ao mundo e vim parar ao mesmo lugar, esse lugar é o princípio do mundo, quer eu queira quer eu não queira. A vida é mesmo assim.
Como costumo dizer: -" Não vale apena perder tempo com coisas que não chegam a ser coisa alguma."

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Casa do Sol Nascente - Portelinha

Certamente voltarei a ti, "Casa do Sol Nascente". Aqui tu fizeste-me renascer das cinzas. Aqui pude sentir a maior das solidões revertida para o renascer da minha alma.
Foste restaurada à minha medida, ao meu gosto, e há minha intenção de te manter viva no meu coração.
Guardo em ti memórias inesquecíveis, quase estiveste com a cabeça a prémio, mas num passo de mágica voltaste até mim, para nunca mais fugires.
Aqui é o princípio do mundo e também o princípio das minha vida.
Vou-te amar sempre Portelinha.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Uma bodegada para a bonita cidade de Barcelos

Ainda hoje elogiei a bonita cidade de Barcelos, para ao fim da tarde deparar-me com este cenário.
Banco do Jardim Velho, completamente imundo, uma porcaria sabe-se lá feita por quem.
Não é disto que queremos para Barcelos, pessoas destas devia estar num centro de reinserção, a aprender a preservar o bem público.
Meus senhores e senhoras, não há respeito, não existe cidadania, não houve educação. Que nos resta para esta bonita cidade. Queremos-lha limpa ou emunda? Hoje fiquei mais triste com isto. 

AMANHECER...

Alvorada de verão num destes dias. No meu passeio matinal, onde praticamente só os funcionários municipais aparecem limpando o lajedo da cidade, reflito no dia que estou a viver, entro de fininho por entre o silêncio da cidade que dorme. Resta-me os melros que teimam em andar por perto de mim.
Normalmente fotografa-se de poente para nascente. Neste dia escolhi fazer o contrário de nascente para poente e o efeito não foi menos bom. A cidade é bonita de qualquer dos ângulos. muito embora haja quem a queira descaracterizar com símbolos e dizeres pouco convincentes.
Não sei se faço bem ou mal nestes passeios matinais por Barcelos, mas também pouco me importa o que daí possa advir. É só a minha passada silenciosa e o meu olhar atento ao pormenor mais ambíguo, é só isso. O resto são consequências do dia que amanhece para a sociedade realizar a sua economia doméstica.

domingo, 13 de agosto de 2017

O teu Outono de encanto

Espero estar perto de ti neste próximo Outono, Ponte da Fertilidade.
Os teus dourados enfeitados de choupos não menos dourados guardam em mim a tranquilidade que, por vezes, a perco, no reboliço da cidade.
Espero sentir o teu ar agreste da serra, onde a natureza é pura.
Nos resguardos da paisagem respiro a liberdade que me é retirada sempre que Deus assim o entende.
Não sei do teu Outono, mas espero ver-te, brevemente, mesmo que seja por pouco tempo. O tempo é raro e precioso, e quando o podemos aproveitar da melhor forma possível, não devemos esquecer dessa dádiva.
Que as mulheres com poder de parir passem por ti, Ponte da Fertilidade, para o bom presságio passar por elas.

sábado, 12 de agosto de 2017

ONDE FICA A FELICIDADE...?

Voltando ao ponto de partida, passados cinco anos e meio, vejo-te, Barcelos, de uma forma diferente, mas não tão ingénua como podereis pensar. A selvática vida citadina levou-me a terras de Castro Laboreiro, por lá construí património ao meu gosto. Não posso nem devo esquecer quem de lá me ajudou, quem de lá me fez feliz,  esquecerei a inveja, mas com essa eu posso bem.
134 km separam as duas terras que fizeram de mim uma pessoa melhor. Não quero entrar pela política, porque essa é suja, mais obscura que a própria escuridão.
Entro pelas pessoas, pelos sentimentos, pelo sentido de ajuda e querer o bem alheio...
Pouco me importa Tokyo, Dubai ou Las Vegas. Não são o meu mundo, são lugares que já visitei, nos livros , nos filmes, em fotografia documental. Interessa-me os meus lugares de eleição: Barcelos, cidade materna e Castro Laboreiro a vila que escolhi para me encontrar como ser humano com sentimentos que devem ser respeitados.
Nestes 134 km que separam duas realidades distintas descobri o sentido da vida, aquilo que ela me pode dar, o amor que me entrega para eu viver.
Em cada recanto destes patrimónios antagónicos sincronizo o meu pensamento para as pessoas inseridas num contexto de natureza humanizada. Em cada passo que dou, deixo a minha pegada discreta onde os predadores jamais me encontrarão.  
 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

COMO UM RIO CORRENDO PARA O MAR...


João Paulo reservara uma mesa para o almoço num restaurante na ribeira do Porto, com vista para a foz do rio Douro. Estava um dia ameno de primavera, não fazia calor nem frio, simplesmente um dia normal primaveril. Apesar de haver uma certa expetativa sobre aquele encontro, Andreia estava ciente que não podia surgir um novo amor naquele encontro. Nunca fora de amores à primeira vista, segundo ela, tudo tinha que ter um fio condutor, um motivo, uma razão para acontecer.
Andreia entrou no metro, foi a até à estação de S. Bento, desceu ruas e vielas até à ribeira. Sabia bem onde era o restaurante, quase todos os seus amigos a levavam lá. Não conseguia assimilar bem aquelas coincidências dos convites para o mesmo restaurante. Talvez por estar na moda, ou talvez porque, possíveis candidatos ao seu coração. Talvez pensassem que aquele lugar era o ideal para conquistar o coração de Andreia de Falco.
João Paulo queria reaver tudo não era só pretensão de conquistador. Já não a via para lá de 25 anos, iria encontrá-la bem diferente dos tempos de Soares dos Reis, por onde se cruzavam constantemente. João Paulo, no fundo , era um homem solitário, dedicado ao trabalho da pediatria. Gostava de crianças. Para ele a essência da vida estava nas crianças, na sua forma despreocupada e alegre de ver a vida.
Andreia estava também curiosa com o encontro um jantar de cerimónias onde não existiam intimidades de amigos chegados. Mas tudo podia ser imprevisível, não via João Paulo há 25 anos, certamente estaria um pouco diferente, mais velho e maduro, esperava ela.
 
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Quito Arantes

terça-feira, 8 de agosto de 2017

EU...

Entristece-me a vida pensada no alheio, fico deveras triste quando em meu redor não existe um poder criativo, um dom de amar o próximo, sem inveja e ciúmes.
Não sei, nem consigo fazer uma introspeção do que é sentir ódio a alguém. Simplesmente fico magoado com tanta mediocridade.
Passo em passeio pelo quarteirão, ouço o maldizer de fio a pavio e seguramente não me engano no que ouço, salvo raras exceções.
Admiro o homem ou mulher diferente, não invejo, mas sim, venero e quero aprender da sua sabedoria.
Um sábio não é um homem comum é alguém que já conhece o fundo do poço e todas as víboras que de lá vivem. Guardo do Ancião toda a sapiência em que me revejo.    

domingo, 6 de agosto de 2017


Desde pequenino, que mal sabia o meu destino, nunca tive a perceção de ser um ser único e igual a todos que cruzavam por mim. Deram-me um destino, uma missão neste mundo, que mesmo eu sabendo que não a podia desvendar, achei que tudo podia ser moldado, menos o meu próprio destino.

Andei entregue ao “Deus dará”, andei por ruas cruas e desnudas. Neste reencontro com a minha alma, fico admirado comigo. Como poderei ser aquilo que ninguém quer que seja? Como poderei entregar a Deus uma alma incompleta? Bem! Vamos por onde a consciência pode andar, vamos, meu amor, por onde tu me elevas. Não deixo ficar nada por dizer, quero ser cristalino como as águas da nascente que me ressuscitaram das maleitas de tornarem-me tímido e deixado ao acaso.

Recordo as palavras que acrescentaste ao meu saber, agradeço-te de coração o quanto me fizeste crescer.

Respirei terras bravias, monte e vales, corgas e regatos espelhados na minha alma perdida. Só, simplesmente só, te acompanho desviando o cascalho da estrada da vida, e neste caminhar tentarei encontrar uma razão que me eleve até ti, meu amor!
Fotografia tirada por Carlos Costa

sábado, 5 de agosto de 2017

O CISNE

Observo a tua beleza e imponência. Cisne da liberdade que fizeste sentir-te caminhando pelas águas do rio Cávado. Não foi hoje , mas é como se fosse, sempre que vejo-te, muitas vezes voltei a esta margem do rio Cávado para te ver, como se os teus movimentos fossem uma valsa de Viena.
Tenho em ti a memória da minha liberdade, do meu caminhar sem arreios.
Um dia quando já não puder observar-te, resta-me a memória fotográfica deste belo momento de serenidade. 
#33688ARA

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A porta fica aberta...

Quero um dia poder voltar há minha casinha mais perto do Céu, sem receios, sem ter que pedir nada a ninguém. Entrar e deixar a porta aberta, como sempre em tempo o fiz.
Quero um dia voltar a subir a serra com forças para lá me deixar estar, ouvindo o silêncio da neve cair, e sentir o calor do repicar das brasas da salamandra que aquece o meu corpo. Levar-te para a paz, esquecer magoas antigas, deitar amarguras para trás das costas, onde lá não consigo chegar.
Quero um dia, sei lá! Se um dia chegar, como te digo; a porta está aberta para ti, querida!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017


Foi dos teus sinos que explicaram a minha alvorada. Todo o sentido do entardecer em tuas sombras fica a lembrança da muita espera do amanhã.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Até onde vai a pequenez de certas pessoas...

Fico deveras chocado com a pequenez de certas pessoas.... Vasculhar a vida alheia até ao tutano é mesmo não ter que fazer na vida. Gente completamente oca de capacidades cognitivas, sem sentido de improviso, capazes de achincalhar o mais simples dos seus semelhantes.
O ciúme, a inveja, a obsessão pelos bens materiais sem olhar a meios para obter fins, chega mesmo a ser asqueroso, repugnante.