sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Alma Aberta - Roteiro Sensório


Imagens de Quito Arantes #33688ARA IFPO
Música de Keith Jarrett
Também não queremos um mundo de pobres, que na camuflagem marxista tanto apregoam. O sistema socialista, Marxista-Leninista, falhou, como o mundo capitalista também está a falhar. Existe um meio termo entre estas duas ideologias económicas, que poucos querem obter. O Estado social e igualitário está ao alcance de cada um. Este Estado social não é de esquerda nem de direita é social, justo e honesto que tanta falta às sociedades modernas.
  Não podemos andar sistematicamente no compadrio corrompendo o nosso semelhante. Uma sociedade justa não precisa disso, é preciso que a riqueza produzida seja bem distribuída pelos mais necessitados e não para dar ostentação aos mais ricos. Ricos e pobres não faz nenhum sentido para a vida humana. Toda a gente deve ser sustentável, não havendo direito a desigualdades sociais. Um mundo igualitário é um mundo justo, muito embora as capacidades de cada um sejam diferentes, mas não servem para causar desigualdades de oportunidades.


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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Subi montanhas escarpadas, fragas cristalinas, e de todo senti que o mundo tinha o seu sítio próprio para nos albergar.
Guerras, conflitos armados, refugiados, crianças a morrer à fome e à sua sorte. Não foi para isto que andei sacrificando o meu espólio.
A cor da pele pouco importa, porque o sangue, todo ele é vermelho e os sentimentos de amor são universais.
Aqui na minha zona de conforto, embora com mazelas incuráveis, sinto que sou um privilegiado neste mundo de injustiças. Sei que não conseguirei mudar o mundo, mas posso sempre, olhar quem perto ou longe de mim está e dar uma mão para ,minimizar o sofrimento de quem só depende da sorte alheia. 
A vida selvagem está ameaçada e sempre que posso, com os meus parcos recursos, faço pequenas doações, que no meio de muitas, vão ajudar a proteger espécies ameaçadas. Louvo homens e mulheres que lutam sem interesses pessoais para o bem comum, tanto humano como animal. 
Porque o destino nos trará o que é do provir, penso que devo ser cauteloso na minha forma de agir, sabendo que os tubarões da economia capitalista estão a cada esquina.
Já sofri na pele e no bolso a arrogância do poder económico e judicial que pactuam entre si com o poder político. Ninguém merece ser pobre, a pobreza é um castigo intencional do mundo capitalista e socialista que arranca o que de melhor nós temos para oferecer de mão beijada aos poderosos.
Deixo um apelo aos jovens de hoje; o dinheiro nada vale, se não estivermos com a consciência tranquila,e o Amor à vida é tudo quanto de mais belo podemos desejar.
Amem-se, multipliquem-se sobre valores de consciência honesta, não queiram ter filhos como troféus, deixem descendência coerente para que de uma vez por todas o mundo viva em harmonia com todos seres vivos. O nosso reino é o da natureza, porque sem ela não somos nada, unicamente uns robots 

Quito Arantes

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

PENSAMENTOS SOLTOS


“Neste caminhar sereno, pergunto-me; - Onde isto me vai levar?
Certamente o tempo me dirá que o importante é o caminho que trilho e não a chegada...”

Encontro-me em dias que mais vale eu não proliferar a irritação que me provocam. Escuto conversas ao lado, porque não sou surdo e não fujo de ninguém.


O mal dizer da vida alheia com que nos deparamos no dia-a-dia, não é mais do que uma alimentação da ignorância e do elementar sentir, que podem ser fortes contra frágeis.
Ter poder para com isso atingir objectivos de satisfação pessoal, mesmo que para isso se espezinhe o nosso semelhante, é abominável…, não é isso que move o mundo. Grandes homens e mulheres que ficaram para sempre nas mentes da humanidade, foram pessoas sofridas, pessoas de grandes causas em prol do bem comum.
A nossa paz chega, quando estamos de bem com o mundo e com a natureza. Para chegar a este termo tem de ser conjugada a natureza humana e de todos os seres vivos que fazem parte de um todo no universo.
É importante que o bem sobreviva ao mal, e que aprendamos a perdoar. O rancor por alguém, não é de forma alguma uma situação que nos seja confortável. Não existe necessidade de vivermos com esse estado de alma. Não seremos melhor por odiar alguém. A nossa tranquilidade de espírito acontece quando soubermos perdoar o nosso inimigo, e fazermos que ele venha para junto dos bons. Esse trabalho de união, fortalece as relações humanas, certo também que sozinhos não mudaremos o mundo, mas também é verdade que essa mudança começa por pequenas atitudes que se tornam grandes quando partilhadas com o nosso semelhante. 
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Quito Arantes in " Pensamentos soltos "

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Por vezes, dizem as más-línguas, que aquele gajo não presta, é um bêbado, ou anda na droga, ou é viciado no jogo…Mas ninguém tem coragem de se debruçar sobre ele e tentar perceber a causa dos seus males. Para crucificar estamos sempre prontos, mas para sarar as chagas não estamos para isso. Nestas situações é que vemos até onde vai a nossa humanidade, até que ponto estamos disponíveis para ajudarmos o próximo.
Não custa nada de vez em quando reflectirmos sobre os outros, porque sobre nós, poucas vezes chegamos a alguma conclusão. Achamos que nós estamos sempre certos, a culpa é sempre dos outros. Reconhecer os nossos erros e pedir perdão, é belo, dignifica-nos, torna-nos mais humanos.

Q.A. in "Pensamentos soltos"

domingo, 24 de novembro de 2019

Nunca me ofereceram grande credibilidade os engravatados deste país. Gente de negociatas, escritórios de advogados que usurpam somas astronómicas aos contribuintes, gestores, anteriormente com responsabilidades governativas a pertencerem aos altos quadros de empresas que usufruem de ajustes directos com os governos. Uma aberração colectiva destes parasitas da sociedade, obcecados com o dinheiro e posição social. 
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sábado, 23 de novembro de 2019

O HOMEM DA CIDADE - MAIS PERTO DO CÉU!

Introdução
Numa luta constante por se encontrar, tentando procurar o local ideal para viver com as suas fantasias transcendentalizais e amores platónicos, Ricardo, jovem licenciado com um futuro promissor, aprende ao longo das suas buscas existenciais que o lugar ideal para amar, será onde menos espera.
A cidade era uma dor de cabeça para ele, o mar excitava-o, então, só tinha uma saída; o campo, a montanha, o sentir dos adores da terra, os sons da natureza.
Encontrar a paz, o equilíbrio da liberdade perdida; seria para ele um caminho onde alcançaria o seu lugar no Céu.
Nesta história de introspecção e de valores esquecidos, onde a entre e ajuda é um valor de ouro e um requisito para Ricardo encontrar a paz e o amor que tanto lhe apoquentava a alma.
(O autor)

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Pintassilgo


Espero pela primavera para te ouvir cantar em liberdade, já que este ano, não te ouvi cantar tal ruído a censura se fez sentir.


Espero por ti liberdade, abocanhada nas esferas do poder económico.

Espero pelo teu canto, em liberdade, que o poder político desvirtua a tua legalidade.
Mas vou esperar sentado, porque a justiça está malograda pelos poderosos.
Ninguém escapa aos sete palmos de terra. É Deus que fará justiça aos homens, e a Ele, vocês não conseguem comprar.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

ERMIDA

Saudades de tempos que memorizaram para sempre o meu ser. O Senhor António, na foto, não sei que será feito dele agora. Não sei se ainda é vivo, mas a minha ida à aldeia da Ermida, marcou-me para sempre. Desde o Tiago, jovem filho da D.ª Ana Maria que me mostrou os seus bezerros que tanto se orgulhava. O almoço, gentilmente oferecido por sua mãe, e Sr. António na pobreza extrema, que nas suas poucas palavras transmitia uma angústia sem medida. Tudo foi de uma manhã solarenga naquela visita à aldeia de Ponte da Barca, encravada na serra Amarela, onde a mercearia chegava uma ou duas vezes por semana, onde o invisual Senhor Guimarães geria o único café da aldeia.
Não sei o que os políticos de Lisboa, parlamentares com todas as benesses que a grande Lisboa lhes oferece alguma vez passaram por esta aldeia do interior norte. Certamente que nem sabem onde fica, mas, o povo, a essência da nossa existência, marca para sempre os citadinos que por nestas terras passam.
Deixo aqui a minha  homenagem a todo o povo serrano, que contra tudo e contra todos vão resistindo aos tempos modernos, que na indiferença para com eles os condenam ao abandono.
Quito Arantes   

domingo, 17 de novembro de 2019

A indiferença é uma enfermidade que nos ataca todos os dias a todas as horas e minutos. 
                                                                                                                                                                          Quito Arantes

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

As minhas forças físicas já não são o que eram, estou velho, num corpo maduro de experiências de variadíssimas formas, mas a mente ainda é jovem e pode dizer o que de melhor o homem pode fazer para contrariar o possesso de meia dúzia de bilionários que comandam os destinos da humanidade, enquanto que em África e no Iémene se morre de fome, aqui no ocidente faz-se orelhas moucas e se emborracham com comida e vinho.
No fundo Jesus Cristo era um grande revolucionário, ele é que estava certo, segundo as escrituras, não a igreja, mas sim os testemunhos que se passaram há mais de dois mil anos. Não roubarás, não cobiçarás a mulher alheia, pratica o bem e receberás a bênção de Deus.

Quando o homem pensar que não é mais de que ninguém, e que todo o mundo deve viver em harmonia, talvez as civilizações humanas tenham um futuro melhor.

Peter Quiet in " Ou Vai ou Racha "
página 27

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Humanidade

Era um mundo maravilhoso do já e agora, até que, apareceram as profissões liberais e desvirtuaram a verdade. O que era uma verdade evidente passou a ser uma mentira purgatória. O dinheiro e poder económico prevaleceu acima de todas as justiças sociais. O mundo nunca mais foi o mesmo, e hoje, o linchamento da honestidade e seriedade passa a ser prática comum. Homens do poder dos Estados tecnocratas abusam da bondade alheia, e mais - todos os cidadãos honestos são passados para segundo plano. Temos um mundo de xicos espertos que arruínam a honestidade dos mais humildes que são o que de mais puro têm as sociedades. Nunca as instituições estatais foram tão medíocres por não olharem a meios para obterem fins. A humanidade está condenada ao fracasso por causa do sal dos escravos(dinheiro).

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Cada passo que você dá, 
será sempre uma busca
para a sua libertação do desconhecido.
                                                       
                                                                                                                                                          Quito Arantes

sábado, 9 de novembro de 2019

Encontro com Pedro Homem de Mello


Tinha pouco mais de 18 anos. Passava férias em Áfife - Viana do Castelo.
Peguei na minha motorizada, viola à costa, segui rumo a Cabanas acompanhando a subida do rio. A estrada era de calçada à portuguesa, por entre vegetação densa.
Quando cheguei junto a Cabanas e perto da casa de Pedro Homem de Mello, que ficava lá no alto, desci para uns penedos para tocar umas guitarradas e talvez compor uma música.
Para meu espanto ouço uma voz lá do alto das muralhas da casa, dizendo: oh amigo esse terreno é privado!
Era Pedro Homem de Mello falando de seu direito privado. Então pedi desculpa, dizendo que já saía do lugar. Pedro Homem de Mello, tendo estado a ouvir as minhas músicas, lá foi dizendo: -  Se está se inspirando, deixe-se estar.
Nunca mais me esqueci das suas palavras, que junto a uma natureza quase virgem me inspirou a amar a natureza.

domingo, 3 de novembro de 2019

Caminhos

Nestes caminhos que a vida nos leva para longe, e para onde menos esperamos, com todas as contrariedades provocadas por elementos alheios, fica  a luta incessante por melhores dias.
Existem vidas que, nos trilhos dos nossos comboios percorrem paralelos ao nosso desejo, e uma linha reta que não se cruza nas nossas vidas, deixam-nos desapontados os nossos desejos.
A vida segue em frente para bem ou para mal, dependendo do que queremos fazer dela. 
O tempo regula nossos anseios, e de nada vale ir contra o tempo, pois, ele não volta a trás, mas sim, se renova em novos elementos. Aceitar o que a vida nos propõe é um facto que leva-nos a reflectir o que de melhor podemos fazer dela.
"Slow Train Coming", e devagar podemos tirar nossas conclusões o que andamos a fazer neste mundo. Existe um legado que podemos deixar ficar, não chega só fazer filhos para deixar sementes na terra futura, é preciso também deixar a nossa pegada como seres inteligente e de bom trato com os nossos semelhantes.
Ouvi histórias de partir corações, outras de plena alegria e convívio, e no fundo, ficam as aprendizagens  se humanos que somos.
Paralelamente vamos caminhando, mas, o cais de chegada é o mesmo, e lá, saberemos unirmos-nos por um bem comum, ou não. Essa e a real questão da humanidade, se queremos o bem comum ou só olhamos para os nossos umbigos. 


sábado, 2 de novembro de 2019

Terras de Castro Laboreiro

O rigor do tempo memorial não apaga momentos felizes por onde passei anos da minha vida.
Foi nas águas cristalinas, límpidas e de uma importância inigualável para a saúde, que meu corpo e alma sobreviveu a tamanhas intempéries. Guardo memórias de um tempo que parecia não ter fim, e hoje, resta-me os bons momentos na natureza e boa vizinhança que estas paragens serranas me proporcionaram.
Talvez um dia volte a encontrar tamanha plenitude, quem sabe... só Deus!
Foto: Quito Arantes + texto