quarta-feira, 12 de novembro de 2014


Marta continuava sem dar sinal de vida, talvez estivesse mesmo ressentida com o conselho de Jesueh, quando esta estava a passar um mau bocado com o patrão. Ela eram de decisões repentinas e por vezes bastante frias para quem as recebia. Jesueh de uma forma original e de conhecimento de vida, tentava mostrar-lhe o lado da liberdade sem freios. Claro que apesar de Marta ser uma mulher bastante inteligente, não tinha a idade, e experiência de vida dele. Custava acreditar que do lado dele pudesse haver uma porta para a felicidade. Prática e resolvida nas suas ações, o mundo dela limitava-se à sua pequena cidade e núcleo restrito de amigos. Mesmo que Jesueh quisesse mudar Marta, isso não iria acontecer, pois ela não o estava a amar. Jesueh não lhe podia dar muito mais do que lhe dera até então. E talvez a diferença geracional fosse mesmo a principal entrave para terem um caso de amor.
 
by Quito Arantes
em curso...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Para refletir

É impressionante como as pessoas se ferem umas às outras. Cortam-se sentimentos como quem muda de camisa. O que hoje é verdade amanhã pode não o ser. Há um tremendo medo de um abraço, de apertar alguém ao peito, apesar de querermos que isso aconteça.
Resguardamos os nossos prazeres do afeto numa carapaça inviolável.
O individualismo emerge do nada, como uma necessidade evidente de proteção dos nossos medos. Hoje mais do que nunca a pura amizade é uma coisa rara...
 
Quito Arantes, 09/11/2014