sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

"A mim chega-me a terra que piso, o ar que respiro, e o sustento que mereço.
O resto é o mundo a conspirar..."
Q.A.

Aqui, no planalto da serra de Castro Laboreiro, os garranos nascem, crescem, vivem e morrem, sem intervenção humana.
Porque não há maior beleza do que a vida selvagem.
Quando o homem vai contra a natureza, algo de mal se vai passar...
Perdidos no tempo, o homem andou por estes lugares, onde vivia em comunhão com a natureza, onde só matava para sobreviver(alimentar-se). Chama-se a isso equilíbrio do ecossistema.
Como podemos, agora, homens, ditos civilizados, andar a matar vida selvagem só por desporto, ou por interesses corporativos.
Quando a última árvore for arrancada, o último animal for morto, e o último rio secar, o homem vai entender que o dinheiro não se come.
(Provérbio Indígena) 
Q.A. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Numa passagem pela aldeia serrana de Brufe, quis entender o que estas mulheres vestidas de negro me poderia dizer…
Claro que não obtive uma resposta muito consi...stente, mas tentei transportar para as terras castrejas as vestes de uma negrura sentida.
Viuvez, ou não, é a alma do povo serrano da Peneda-Gerês, que homens e mulheres souberam preservar suas origens.
Disse-me um amigo que alguém os apelidava de selvagens… Mas há alguma coisa mais pura do que ser selvagem?
A natureza dita as suas leis, e o homem cumpre, se realmente estiver no seu bom senso.
Guardo com real valor esta minha forma de querer ser aculturado por um povo que me recebeu e que de uma forma ou outra tenta compreender a dor que me vai na alma.
Gastei tempo da minha vida na procura do lugar onde minha alma poderia repousar, e finalmente soube que nestas terras serranas está a essência do que é viver em paz. Moderadamente sou aceite, sou compreendido, porque o que não me falta é a honestidade, que tanto foge a muita gente.
Q.A.