domingo, 31 de maio de 2020

Porque és assim? - Peter Quiet (Excerto)

Como se num olhar pudesse absorver todas as palavras que vou dizendo, mas não é verdade, porque o olhar pode atraiçoar o mais astuto e depois lá vai a reputação dos psiquiatras que se baseiam em sinais fáceis e dizeres pouco definidos dos seus doentes que, por vezes, nem doentes estão.
Anda tudo a tramar o parceiro, e quem não trama, dificilmente sai daqui vivo. Uns dias acordo criança maravilhado com o mundo, mas no outro acordo revoltado com os homens que passam na minha frente com “entre olhos” sem nada dizerem, convencidos que vão no caminho certo. Assim não melhoramos a sociedade, mas sim atrofiamos os nossos ideais e inspirações a homens livres, ou se posso colocar a metáfora: -“ Homens sem freios correndo livres pelos prados verdejantes”

Peter Quiet (2019). Porque És Assim?, Página 23

À venda por email quito.arantes@outlook.pt ou em www.amazon.de

The Hot Summer of 1984 - Quito Arantes (Excerpt)

After serpentine pathways,
in the meaningfulness of sincere words,
Last Judgement has come.
You can witness my victory.
At last,
Last Judgement has come,
I’ve reached my destiny.
On the way to Vondelpark,
my whole being pulsates with enthusiasm.
I arrived carrying a guitar on my back
and everyone was delighted.
Even not knowing my language,
they could feel my emotion,
in my lips...
in my music...
in my words...
Dusk was falling.
I stood overnight in the park, peacefully...
I’ll live moments of pure joy and music
before leaving to other realms.

Quito Arantes (2020). The Hot Summer of 1984

terça-feira, 26 de maio de 2020

Memórias de um Psicótico - Quito Arantes, Páginas 77/78 (Excerto)

No dia da partida, tomou um duche bem quente, vestiu a melhor roupa que tinha e lá foi para o aeroporto acompanhado por dois agentes. Foi posto numa sala de segurança, na qual também se encontrava um romeno. O homem tinha um aspeto de poucos amigos e, de um momento para o outro, começou a fazer o pino de braços, fazendo também flexões. O homem era completamente passado, mas não deu sinais de violência. Chegada a hora, entrou para o voo da KLM com destino a Lisboa. Ao seu lado, também estava um deportado português, este sim por roubo de carros. Era um transmontano com a cara tatuada, sentou-se ao lado dele contando as suas aventuras por terra das tulipas. Era a quinta deportação e não pensava ficar por ali. Quando chegaram ao aeroporto da Portela, o transmontano disse-lhe para se dirigir à Santa Casa da Misericórdia e alegasse que não tinha dinheiro e que queria ir para o norte, para a sua cidade. Mas como ia até ao centro de Lisboa se não tinha dinheiro! O problema foi resolvido de imediato, o transmontano tira o sapato e debaixo da palmilha tirou uma nota de cinquenta Marcos alemães. Foi cambiar a nota e deu-lhe algum dinheiro para apanhar o autocarro para o centro de Lisboa. Tiago agradeceu-lhe e depois ele desapareceu sem deixar rasto.
Quando chegou ao centro de Lisboa, dirigiu-se à Santa Casa. Foi aos serviços sociais e explicou-lhes o que lhe tinha acontecido. A senhora dos serviços, muito simpática, deu-lhe mil Escudos (cinco Euros) para comer e um bilhete de comboio para o norte. Agradeceu à senhora e, logo de seguida, foi comer um bom prego no prato com ovo a cavalo.

Quito Arantes Memórias de um Psicótico, Páginas 77/78

sexta-feira, 22 de maio de 2020

The Open Window - Quito Arantes, Pages 17/18 (Excerpt)

 
Day after day, Luciana was living in an absolutely anguish. She wished she could have news and know how things were running with her dear friend. Having no ways to be in touch with him, she only could wait and pray for his life.

Never giving up, as she had promised him, she would keep working hard to achieve her goals.
At long last, there was a notice informing the inhabitants of the village that the doctor would be back in a month time to resume with his duties.
Luciana felt an outbreak of joy. She couldn’t believe. She would have her friend again, by her side, to share with him her experiences. She missed those moments so much!
Immediately, she immersed herself in a state of complete happiness and ran to the fields. She wanted to make him a surprise. She picked up some wild flowers of the end of summer and made herself a very unusual and creative bunch. A small colourful bouquet of dried flowers: daisies, heathers and crocus.
As for Ermelinda, she was grateful for the affection the doctor dedicated to her granddaughter. While observing Luciana through the window, she was surprised to watch her among the fields looking for flowers and, smiled.
Driving his old, but well preserved Land Rover, the doctor arrived around 2pm. At distance, he could recognise Luciana wearing a blue dress and her long brown hair blowing in the wind. She still looked a fragile child, smiling and looking for warmth. With tenderness, he kissed her on her brow and deeply moved by her gesture he couldn’t help a teardrop rolling down his face.
 
Quito Arantes (2020). The Open Window, Pages 17/18

The Open Window - Quito Arantes

Tradução para Língua Inglesa do livro A Janela Aberta.

Colaboração em imagem de capa e tradução de Paula Ferreira

Disponivel em www.amazon.de, ou pelo autor em quito.arantes@outlook.pt



quinta-feira, 21 de maio de 2020

The Hot Summer of 1984 (Excerpt)



 

The rain
Tenderly, light rain falls
as fresh as a spring morning.
How lovely!
In the coming weeks,
people will work in the “desfolhada”.
You are out in the rain,
care not if it’ll drip down you.
Not everyone can be caught by the rainfall
in the first days, after the drought.
Tenderly, light rain falls
as fresh as a spring morning.
You are told that, by being more prudent,
you could cope with the strains,
having a better life, more peaceful and serene.
Tenderly, light rain falls
as fresh as a spring morning.

“desfolhada” – Portuguese maize harvest tradition 

Quito Arantes (2020). The Hot Summer of 1984

sábado, 16 de maio de 2020

O grito

No grito fino e longínquo a ave faz um alerta aos humanos que algo está mal com as suas vidas.
Como se fosse um chamamento para os dias que advém, as aves são seres vivos sensíveis que ao menor descuido do homem, elas são a voz de contestação da toxidade provocada pelo homem.
Temos o dever de prevenir catástrofes e tudo que mexe coma natureza. É dever do homem proteger os ecossistemas, porque não existe planeta B, existe sim uma terra a ser protegida e renovada para bem da vida, tanto animal, vegetal e humana.
Portanto cabe a nós não poluir, não dizimar o que a terra nos oferece para bem de todos os seres vivos.    

quinta-feira, 14 de maio de 2020

The Hot Summer of 1984

Edição a publicar brevemente, com tradução para língua inglesa pela amiga Paula Ferreira.
Já editado em português, com o título: Verão Quente de 1984, pela editora lugar da Palavra em 2011 e apresentado na feira do livro de Barcelos. 
É mais uma obra a ser internacionalizada com a colaboração e gentileza de Paula Ferreira.

domingo, 3 de maio de 2020

Teoria da Conspiração, ou não.

Tendo como base uma teoria da conspiração, esta passagem a período de calamidade, que pouco difere do estado de emergência, O governo socialista pretende manter a população de rédea curta para os tempos conturbados que se advinham. A crise económica está à mão de semear e em nada o governo assume meia culpa.

Os apoios são prestados tarde e a más horas, o serviço nacional de saúde arrebenta pelas costuras.

Pôr a responsabilidade política nos portugueses para a situação que estamos a atravessar é um mau presságio.

Dar privilégios a uns em detrimento de outros é coisa que este governo já nos habituou. Agora quem fiscaliza quem? As autoridades têm critérios homogéneos para intervirem na sociedade? Ou uns são filhos e outros são enteados?

O 1 de Maio foi um exemplo de falta de seriedade governamental, enquanto que famílias não puderam se despedir dos seus entes queridos convenientemente.

A lei da rolha está instaurada e o Presidente da República é conivente com esta situação.