segunda-feira, 27 de junho de 2022

A meia encosta desceu à cidade!

Isto de pensar que o dinheiro compra tudo, é de um a falta de chá, e de berço como dizia uma amiga minha, cabo Verdiana...

O êxodo do campo, ou meia encosta como um amigo meu lhe chama, descer à cidade, mesmo sendo ela pequena, ou grande, só trouxe falta de sensibilidade, oportunismo e mau feitio. Pensam-se donos do mundo, como se o dinheiro lhes desse estatuto. 

É preciso ser suficientemente humilde e honesto para ganhar os galões de habitante e irmão da cidade.

Com isto, nada quero dizer contra a gente do campo, até porque eu tenho conhecimento de causa sobre a gente do campo, já lá vivi e convivi, partilhei experiências, bens e afins com essa gente boa. Agora aqueles artistas de terceira geração, que acham que o topo de gama lhes vai trazer estatuto social, é de uma falta de bom senso que nem tenho palavras para qualificar tamanha nulidade. Depois os apaziguadores de fogos dizem, tipo politicamente correto: --É pá estás a ser um pouco injusto, olhe que é gente que trabalhou muito para ter o que tem, subiram a pulso.

E eu na minha elegância do costumo, respondo: - Pois, pois! Jota Pimenta! Contra isso nada, apesar da exploração que daí adveio. e continuo a minha tese: - O que me irrita é renegarem as suas origens, e a falta de humildade, e constante ostentação, com que se dirigem às pessoas.

Todos sabemos que a educação vem do berço, e que uma criança bem-educada, sobre valores e ética, vai dar um bom adulto e uma pessoa nobre, venha ela da cidade do campo, da serra, where ever!

Todo esta minha ladainha só para vos dizer, estou sem paciência para aturar Xico espertismo, ou novos-ricos, armados em cavaleiros, mas que nem o cavalo souberam montar.

Arr! Santa paciência...


                                                                        Quito Arantes

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Um atraso na consciência coletiva

 Isto de colocar o fator covid para tudo que é desculpa, é tornarmo-nos cada vez mais egocêntricos e com falta de respeito pelo próximo.

Não devemos brincar com a saúde, porque ela é o que de miss sagrado podemos ter na vida. Eu compreendo a preocupação dos nossos governantes com as questões de saúde pública. Agora, um vírus tão violento com o que destruiu, principalmente os idosos que tanta falta fazem à nossa sociedade global, perdida em o aqui e agora, descartando os verdadeiros sábios, é de uma violência psicológica de que não há memoria.

Pensamos nós que estamos a evoluir para a era digital... não tenho tanta certeza disso, penso é que estamos a construir monstros tecnológicos, sem qualquer tipo de valor humano. As crianças estão completamente robotizadas, já não respeitam os pais, nem os avós, e os cabeças caídas dos telemóveis, quando chegarem aos sessenta anos vão dizer: - Estou cheio dor de coluna, estou com umas dores ciáticas que não aguento!

Pois é! Se cuidassem dos mais idosos, e ouvissem o que ele tem para nos dizer, da sua sabedoria, talvez um dia o planeta conseguisse sobreviver, mas assim, ponho as minhas dúvidas. Até porque, se perguntarem a um jovem, licenciado, que pensa que já sabe tudo, se conseguiam viver na idade da pedra, ele vai ficar completamente assustado sem saber o que dizer...