Ainda
a procissão vai no adro e já a campanha eleitoral está a ferro e fogo. Não sei
o que nos espera nestas legislativas de 10 de março, a única coisa que me
parece é que irá haver uma grande abstenção nestas eleições. Os partidos estão
estremados, uns à direita outros à esquerda. O bom senso não se faz refletir
nas declarações feitas na comunicação social. A imagem de Portugal está
denegrida no mundo, motivada por uma incompetência flagrante dos nossos
governantes que vivem para os seus umbigos e não para criar melhores condições
de vida dos portugueses. Está na hora de uma mudança? Eu até penso que sim, mas
não do mesmo conceito que tem vindo a realizar-se nas últimas décadas. Temos
que dar o benefício da dúvida a quem quer ser original nas suas ideias para o
país, venham ela de onde vier, porque a democracia é a vontade do povo e não
podemos clausurar novamente o povo português numa ditadura democrática ou seja
numa autocracia.
Toda gente sabe que o principal
problema do país é, e sempre foi a corrupção instalada nas instituições
públicas. Portanto já não é novidade para ninguém ver corrupção nos políticos
portugueses, o que já não é aceitável é que seja levada de ânimo leve todos os
compadrios e prevaricação na governação.
Aguardemos pelo começo oficial
da campanha eleitoral, porque advinha-se que vai ser muito dura, tal é o ódio
instalado entre os partidos de esquerda e de direita. Estas acusações
interpartidárias só descredibilizam a política e seus intervenientes. A ânsia
pelo poder e seu consequente aproveitamento para interesses pessoais e
partidários faz de nós sermos comparados a um país terceiro-mundista.
Não se compreende que os
milhares de milhões de euros injetados na economia portuguesa por parte da UE,
não cheguem para alavancar a condição de vida dos portugueses. Sempre que um
partido político pega no governo diz passado uns anos que o país está melhor do
que estava, só não percebo os dois milhões de pobres que subsistem na sociedade
portuguesa.