segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Pelos olhos de um novo Povoador


Passou todo o verão, e os canteiros da ponta da estrada de Castro Laboreiro mantiveram-se no estado que as fotos documentam. Não foi por falta chamada de atenção, pois apesar do Senhor Presidente da Junta ter conhecimento destas coisas, e mesmo tendo-se falado pessoalmente com o Senhor Presidente da Câmara de Melgaço, e seu assessor, nada foi feito até ao dia de hoje.

Estes são os olhos que vêm estas coisas e que todos os dias, vai apanhando papéis do chão, que indisciplinados e sem gosto pela natureza e meio ambiente, vão deitando a esta terra paradisíaca.

Não posso crer que não haja recursos humanos, ou dinheiro para elaborar pequenos espaços verdes jardinados, porque não sei onde foram investidos os duzentos e cinquenta mil euros nesta freguesia, segundo fonte de terceiro. Aliás em Castro Laboreiro, terra de excelência no que respeita ao turismo de natureza, não existe um único jardim público.

Até posso vir a ser referenciado como persona não grata pela junta e pelo Município, mas se foi aqui que escolhi para viver, o resto da minha vida, e pago os meus imposto, lutarei sempre para viver em qualidade de vida, e que a sociedade castreja possa dignamente oferecer ao visitante o melhor da terra.

Isto nada tem a ver com política, tem a ver com sensibilidade ecológica, mesmo não sendo fundamentalista, que não o sou, quero o melhor para a terra que me acolheu.

Para terminar, fica só mais um apontamento deste desabafo; os particulares cuidam melhor dos espaços verdes do que as entidades oficiais, quer aceitem ou não, esta é a realidade.
Q.A.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Pelos olhos de um novo Povoador

Hoje, falo de animais que convivem connosco. Servem-nos de companhia, de sustento e muitas vezes afagam-nos as tristezas.
É normal, quando percorro as ruas de Castro Laboreiro cruzar-me com o cão, um gato ou então um bovino. Já para não falar dos garranos que agora são pouco vistos pela Vila.
É com grande satisfação ao ver que os animais domésticos não são maltratados, são acarinhados, alimentados mesmo que sejam animais de rua. Lamentável é quando vêm à Vila abandoná-los. A... maior parte dos animais que deambulam por Castro Laboreiro têm dono, mas toda a gente os acarinha, fazem parte da comunidade. Muitos deles já nos reconhecem, tanta são as vezes que nos cruzamos e interagimos com eles.
Isto todo discurso para dizer, que na minha ótima, quem não gosta de animais não pode ser boa pessoa. Um animal maltratado e recolhido por alguém que trata dele, nunca mais abandona o seu tratador.
Existe uma linguagem universal que é entendida por todos; chama-se sensibilidade.
 

 by Q.A.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Pelos olhos de um novo Povoador

Castro Laboreiro, Vila mítica de encantos, história natural e património histórico, parece deixada à sua sorte pelas entidades oficiais.
Presentemente quem faz ...algo pela Vila são os poucos comerciantes que lutam arduamente para manter toda a atração gastronómica e atividades de montanha.
Apesar de ter novos letreiros informativos, falta quem direcione os turistas para os locais de descoberta das muitas belezas naturais da região.
Quando alguém quer fazer algo inovador na Vila, é remetido para burocracia do município, que é como obrigar os interessados a desistir dos seus projetos.
Existem alguns resistentes, embora alguns não sejam nativos, elegeram esta bela terra para viver e pagar os seus impostos.
Não se compreende quando Castro Laboreiro consegue meter mais gente, ao fim-de-semana, do que Melgaço, não se faça um investimento significativo nesta Vila banhada pelo rio Laboreiro.
Fico sem saber se o Senhor Presidente da Câmara de Melgaço quer atrair gente para o concelho ou se quer manter a desertificação do mesmo. Não é visível nos últimos quatro anos incentivos a casais jovens que queiram vir viver para o concelho de Melgaço.
Não sei até que ponto os eventos, precedidos de cocktails ajudam a dignificar e promover a região. Preciso é, investir, fornecer incentivos a projetos novos e inovadores. Se assim não for será como uma morte anunciada para região.
Deixemos o sebastianismo, deem asas para voar a quem promove além-fronteiras e por todo o Portugal o nome de Castro Laboreiro.
 
by Q.A.

sábado, 19 de setembro de 2015

Pelos olhos de um novo Povoador


Subo a montanha, num tempo anunciando um outono agreste.
Olho em meu redor e tudo está num verde enregelado. Não sabia o que podia encontrar na natureza em transformação. No fundo, queria encontrar algo que me surpreendesse. Em pequenos passos de um andar sereno, fui vendo flores que desconhecia. Todo aquele passeio era uma descoberta numa terra que me acolhia desinteressadamente. O vento rugia entre as urzes e giestas. Era um passeio solitário, como sempre me habituei a fazer. Era eu e a natureza, onde sem haver previsibilidades encontrava respostas para interrogações que minha mente pedia. Sempre achei que esta terra escolhida para viver tinha algo de mágico, não podia encontrar outra coisa se não o espaço que ansiava para a minha tranquilidade. Aquilo que na cidade, descaracterizada me confundia o pensamento tinha ficado para trás, e ali, no enquanto dos Deuses, via que as flores selvagens tinha outro encanto. Um encanto que entrava e aquecia o meu coração.
A vida tem momentos que não podemos ignorar, são momentos que como uma teia de uma aranha vai tecendo o aveludar do pensamento.
Agora, neste lugar que viu chegar este forasteiro convertido aos encantos da serra, pedirei aos Deuses que me deem força para levar a minha caminhada ao encontro da transparência que tanto necessito.  

 Quito Arantes
19/09/2015

domingo, 13 de setembro de 2015


"Pelos olhos de um novo povoador"
 
Por vezes, olhar para o chão que nos rodeia também faz bem, para refletir sobre o que deitamos por terra. Como se já não bastasse as pontas de cigarros que se deita para o chão, faço disso também minha culpa, ainda vemos lixo desnecessário que fica mal ao concelho de Melgaço, no seu conceito de Município ecológico, penso eu.
Estamos enquadrados no Parque Nacional da Peneda Gerês, a principal reserva natural de Portugal. Aqui coabita o homem e toda a fauna e flora autóctone da...
região e que bem podia ser mais sustentada. As agressões feitas, também e não só pelos turistas veraneios que por aqui passam, é vista sem condenação pública.
Não estou aqui para ser fundamentalista da natureza, não faz parte da minha forma de estar na sociedade, mas devíamos ser também nós a ajudar as entidades oficiais a preservar o meio ambiente. Não basta criticar os outros, é preciso que a nossa conduta caminhe para uma melhor harmonia com o ambiente. Se não formos nós cidadãos melgacenses a olhar pelo nosso património natural e histórico, quem vai olhar? Certamente não vai ser quem está nos gabinetes do poder central que vai modificar o estado das coisas.
As novas gerações merecem um futuro equilibrado. É nosso dever e obrigação dar qualidade de vida aos nossos filhos e netos, portanto, um concelho mais limpo e amigo do ambiente, traz qualidade e prosperidade.
Quantas vezes não apanhei papeis do chão deitados por outras pessoas, dezenas ou centenas de vezes, e não me caiu nada, não fiquei menos digno. Se todos procurarmos um local para deitar o nosso lixo, e eles existem, só que não é mesmo ao pé de nós, nem poderia ser…, veríamos que quem não tem esse hábito nobre passaria a ter por força das circunstâncias.
É importante que esta educação ecológica seja incutida nas crianças e adolescentes que ainda crescem educacionalmente.
Não quero nem devo ser moralista, mas era bom que todos pensássemos nisto…
Quito Arantes