domingo, 18 de abril de 2010

Medros

Um encanto da natureza, o pólen dos teus lilases, que mais tarde te dará o mel da vida.
Com as flores lilases, te dou a conhecer a Primavera, neste ribeiro de águas frescas.
A natureza chama por ti, para que não te esqueças que vêm aí as sementeiras, mais tarde, colherás os frutos da terra para o sustento do teu povo.




sábado, 17 de abril de 2010

Borboleta dos ribeiros

Linda, majestosa, paira sobre as flores do campo. Sem que fosse incomodada, fazia o seu trabalho no pólen das flores. Encanta-me a vida selvagem do nosso Portugal, muitas vezes subestimado, coisas belas, que num pequeno olhar faz toda a diferencia.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Pintassilgo das Terras Frias

Sempre vigilante, o meu amigo Pintassilgo, aos primeiros raios de sol, elevava o seu canto em toda a área envolvente. Acordava ao seu canto que, numa sensação hipnótica, levava-me a observar as suas profecias nos arbustos. O canto prolongava-se todo o santo dia, não tinha descanso, era tempo de acasalar, procurando atrair uma parceira para o seu acasalamento.
É primavera, é tempo de procriar, o meu amigo, vai deixar saudades.
Bem cedo, pela manhã fresca primaveril, o meu amigo Pintassilgo, dava azo à sua tarefa do dia a dia, encontrar parceira para o acasalamento. O seu canto dobrado de uma musicalidade ímpar, lavava-me a passar tempo, olhando as suas profecias. No seu habitat natural, com a sua mascara vermelha na cabeça, distinguia-se das outras aves no seu esplendor.

O dia chegou ao fim, o meu amigo das manhãs do fim de semana, repousou.
Fiquei maravilhado com a acalmia daquele local das terras frias, que espero lá voltar sempre que me seja possível. Guardo no coração este elemento da natureza que refrescou a minha mente.


terça-feira, 13 de abril de 2010

NATURA

Observo o teu esplendor, entre ramais rasgados pelo tempo.
Misturas a água, o céu e a terra. Mostras a harmonia da vida e nós estranhamos a tua inteligência, de fazer nascer, viver e morrer.

A vinha do senhor Alcino Carneiro

Curvado no trabalho do campo, ainda com a sua bonita idade, o senhor Alcino faz a sua vinha toda sozinho, onde o seu fiel amigo, não o larga nem por um minuto. Disse-me Alcino, que nem por 5 mil euros vendia o seu canito, é no fundo a sua companhia no dia a dia para levar para longe a solidão da sua vida.
Um homem só com a sua idade, lutando pela sua subrevivência, deixado ao abandono da terra.
Outrora na sua juventude, marinheiro da armada portuguesa, durante a segunda Guerra Mundial, o destino reservou-lhe os últimos anos da sua vida, na dura vida do campo.

Era meio dia, o sol estava quente, e quando perguntei pelo meu amigo Alcino, disseram-me que se encontrava na sua vinha. Pensei cá com os meus botões: - Será que ele está a trabalhar?
Pois estava mesmo, com 90 anos ainda faz a sua vinha sozinho.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reflexões

Mãe Natureza
Reverencio a Terra que me obriga
Que tal qual a mãe faz em seu útero...
Acolhendo, alimentando as sementes
E formando vidas...
Sou, filha da terra...Sou chão,
Sou rocha e deixo cravado
Em meu peito o amor verde esperança
Das matas que oxigenam o mundo.
Ge Fazio

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pensamentos/Reflexões

O Solitário
As observações e as vivências do solitário que só fala consigo próprio são simultâneamente mais indistintas e intensas do que as do homem social e os seus pensamentos são mais graves, mais fantasiosos e nunca sem uma colaboração de melancolia. Imagens e impressões que outros poriam naturalmente de lado após um olhar, um sorriso, um comentário, ocupam mais do que é devido, tornam-se profundas no silêncio, ganham significado, transformam-se em acontecimento, aventura, emoção. A solidão cria o original, o belo ousado e estranho cria a poesia. Mas cria também o distorcido, o desproporcionado, o absurdo e o proibido.
Thomas Mann



No descanso da romaria

Também as coisas devem descansar,os objectos, as emoções e todo um conjunto de situações que dão alegria às nossas vidas. A vida tem o seu tempo, certo que iremos repousar eternamente, mas dar descanso às nossas imaginações também nos dá saúde e forças para combater as contrariedades da vida. Tudo queremos e nada sabemos sobre o que nos está reservado para o dia inesperado. Iremos devagar dar azo às nossas alegrias, mesmo que a emoção nos traga um sem fim de consequências.