terça-feira, 26 de março de 2024

Espetável a falta de consenso no parlamento

 Quando falei no dia 10 de março em que o país podia ficar ingovernável, acho que não me enganei, pois como disse, muito bem, André Ventura, o egocentrismo da coligação AD, está a pôr os interesses partidários ao real interesse do país e da vontade do povo português. Montenegro e Pedro Nuno Santos lutam por manter a bipolarização dos seus partidos, coisa que não é possível com esta composição parlamentar. Não se pode ignorar um milhão e cem mil votos dos portugueses, e acho que este dois partidos do arco da governação ainda não cairam nesta nova realidade política.

É de louvar que contra a comunicação social, toda ela com os mesmos tiques esquerdista de sempre, o grupo parlamentar do Chega, consegue por mérito próprio desmascarar toda a arrogância e propotência da AD. Temos que assumir a nova realidade do país, o povo está farto destes jogos entre PS e PSD para manterem-se na liderança da política nacional.

Nas minha modesta opinião os três partidos mais votados e com influência decisiva nos trabalhos parlamentares têm de se sentar a à  mesa das negociações e entrarem em convergência para bem do país. Não se pode continuar a ignorar um milhão e cem mil votos dos portugueses.

domingo, 10 de março de 2024

E agora Portugal?

Como se advinhava  a direita ganhou as eleições legislativas, mas sem maioria de um partido, o que leva a querer que as minhas previsões de ingovernabilidade se vai pôr em cima da mesa. É claro que a AD não vai dar de mão beijada o poder ao partido socialista e vai ter de engolir o que disse acerca do Chega. Porque de outra forma não vai conseguir governar. Temos que ter consciência que o povo está a ficar cansado da bipolarização do poder e o Chega veio para ficar no aspetro politico nacional. Sem vermos como se comporta o partido de André Ventura, nunca saberemos se o que ele vem dizendo se concretiza na realidade. Assim, como em grande parte da europa a direita está a ganhar terreno, principalmente pelo desgaste e más gestão dos partidos de esquerda que têm mostrado pouca consistência em resolver os principais problemas.

Se realmente a direita combater afincadamente a corrupção, teremos um país melhor e mais sério. Cabe aos políticos reverter a situação que mais preocupa os portugueses, como a habitação, saúde, educação e justiça. Porque sem uma justiça social o país nunca irá progredir rumo a um futuro mais justo e solidário.

As minha previsões no último texto que aqui escrevi, confirmam-se e temo que o país fique ingovernável por mero capricho  do PSD e de seu lider que nunca devieria ter dito o não ao Chega. Como diz o ditado: Nunca digas nunca, porque no melhor pano cai a nódoa.

domingo, 3 de março de 2024

A ingovernabilidade de Portugal.

Receio que no próximo dia  10 de março, Portugal fique ingovernável. Sem maioria à esquerda e uma hipotética falta de consenso com a maioria à direita, o presidente da república fica com um problema  na mão muito difícil de digerir. A probabilidade dos indecisos decidirem as eleições é pouco provável, pois, os votos vão ser distribuídos tanto à esquerda com à direita. Assim teremos um país dividido a meio e sem grandes hipóteses de ser governado. A não ser que não se respeite a lei eleitoral. Coisa que não prevejo.

Certo também é que a comunicação social está a levar ao colo a esquerda portuguesa, não é difícil de ver no dia a dia. E nós sabemos bem como o povo é influenciado pelos Mídias. Estes tiques esquerdistas que já vêm desde o tempo do PREC, e que felizmente se estão a desvanecer, fizeram um ideia errada do que é a direita democrata. Colar a direita democrata ao fascismo do Estado Novo é, sem dúvida, uma ignorância total dos acontecimentos durante os cinquenta anos de democracia. Se tivéssemos de falar de totalitarismo ou opressão, teríamos de perguntar principlamente aos partidos de esquerda radical o que fizeram no passado recente da nossa democracia, o que testemunhamos no verão quente de 1975 até 1980. Um clima de terror que se viveu em Portugal. Ainda existe muita gente viva que presenciou esses momentos lamentáveis.

Sendo assim, teremos um país que não assume os erros do passado e pensa que o socialismo é a melhor forma de viver em sociedade. Só que esse socialismo que nos querem incutir nunca funcionou em nenhum país livre do mundo. No meu modesto ver, foi a social-democracia que desenvolveu os países mais ricos da europa, e onde se vive em liberdade plena. 

Se queremos que nossos filhos vivam em liberdade, temos que lhes contar a verdadeira história de democracia portuguesa e não ocultar factos verdadeiros de acontecimentos ocorridos nos anos mais difíceis em que os historiadores pós 25 de abril, nos vão contando com omissões graves dos factos históricos.

Não admira que o povo esteja tão dividido com tanta hipocrisia na campanha eleitoral. Uns prometem aquilo que sabem que não vão poder cumprir, outros querem acabar com a corrupção que está instalada na sociedade portuguesa, esquecendo que primeiro têm que mudar a forma cultural do povo e isso leva mais cinquenta anos. Ainda existem outros que querem voltar ao bolchevismo totalitário dizendo que defendem as classes trabalhadoras.

Estou bastante cético sobre o resultado destas eleições, espero me enganar para bem de todos nós, pois pelo caminhar da carruagem eleitoral e as sondagens pouco sustentáveis, teremos um país ingovernável e irá voltar às urnas logo que possível. 

Uma coisa é certa, estamos cada vez mais pobres, tanto economicamente como eticamente. Os valores morais já não contam para nada, assiste-se a um desrespeito assustador pelos idosos e pelas crianças, a justiça não funciona em tempo útil, o resto já toda a gente sabe ao que o socialismo nos trouxe. O valor humanista caíu em desuso  e a continuar assim teremos um país completamente descaracterizado, onde não vamos saber quem é português ou de outro país qualquer, tal é o fluxo da emigração descontrolada. 

No dia 10 de março, estarei aqui para voltar a falar do resultado das eleições e fazer o ponto da situação de Alma Aberta.