domingo, 3 de março de 2024

A ingovernabilidade de Portugal.

Receio que no próximo dia  10 de março, Portugal fique ingovernável. Sem maioria à esquerda e uma hipotética falta de consenso com a maioria à direita, o presidente da república fica com um problema  na mão muito difícil de digerir. A probabilidade dos indecisos decidirem as eleições é pouco provável, pois, os votos vão ser distribuídos tanto à esquerda com à direita. Assim teremos um país dividido a meio e sem grandes hipóteses de ser governado. A não ser que não se respeite a lei eleitoral. Coisa que não prevejo.

Certo também é que a comunicação social está a levar ao colo a esquerda portuguesa, não é difícil de ver no dia a dia. E nós sabemos bem como o povo é influenciado pelos Mídias. Estes tiques esquerdistas que já vêm desde o tempo do PREC, e que felizmente se estão a desvanecer, fizeram um ideia errada do que é a direita democrata. Colar a direita democrata ao fascismo do Estado Novo é, sem dúvida, uma ignorância total dos acontecimentos durante os cinquenta anos de democracia. Se tivéssemos de falar de totalitarismo ou opressão, teríamos de perguntar principlamente aos partidos de esquerda radical o que fizeram no passado recente da nossa democracia, o que testemunhamos no verão quente de 1975 até 1980. Um clima de terror que se viveu em Portugal. Ainda existe muita gente viva que presenciou esses momentos lamentáveis.

Sendo assim, teremos um país que não assume os erros do passado e pensa que o socialismo é a melhor forma de viver em sociedade. Só que esse socialismo que nos querem incutir nunca funcionou em nenhum país livre do mundo. No meu modesto ver, foi a social-democracia que desenvolveu os países mais ricos da europa, e onde se vive em liberdade plena. 

Se queremos que nossos filhos vivam em liberdade, temos que lhes contar a verdadeira história de democracia portuguesa e não ocultar factos verdadeiros de acontecimentos ocorridos nos anos mais difíceis em que os historiadores pós 25 de abril, nos vão contando com omissões graves dos factos históricos.

Não admira que o povo esteja tão dividido com tanta hipocrisia na campanha eleitoral. Uns prometem aquilo que sabem que não vão poder cumprir, outros querem acabar com a corrupção que está instalada na sociedade portuguesa, esquecendo que primeiro têm que mudar a forma cultural do povo e isso leva mais cinquenta anos. Ainda existem outros que querem voltar ao bolchevismo totalitário dizendo que defendem as classes trabalhadoras.

Estou bastante cético sobre o resultado destas eleições, espero me enganar para bem de todos nós, pois pelo caminhar da carruagem eleitoral e as sondagens pouco sustentáveis, teremos um país ingovernável e irá voltar às urnas logo que possível. 

Uma coisa é certa, estamos cada vez mais pobres, tanto economicamente como eticamente. Os valores morais já não contam para nada, assiste-se a um desrespeito assustador pelos idosos e pelas crianças, a justiça não funciona em tempo útil, o resto já toda a gente sabe ao que o socialismo nos trouxe. O valor humanista caíu em desuso  e a continuar assim teremos um país completamente descaracterizado, onde não vamos saber quem é português ou de outro país qualquer, tal é o fluxo da emigração descontrolada. 

No dia 10 de março, estarei aqui para voltar a falar do resultado das eleições e fazer o ponto da situação de Alma Aberta.

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