sexta-feira, 31 de maio de 2019

Raiava no tempo...


Até podia não dar em nada, e decair no fundo da tristeza, mas não, novos horizontes apareceram, novos conceitos de vida aconteceram. 
Hoje, sou o que de mim provir, só mesmo de mim, e de quem me ama. Porque o resto é uma paisagem inóspita que os Deuses julgam no seu direito. O povo fala e a caravana passa, não é isso que se diz? Ora vamos lá dar a volta ao texto... Os ensinamentos que levamos com a vida foram sempre de situações sofridas  , em pleno consenso com a sociedade que nos julga.
As memórias, só as boas as guardo porque de mau está o mundo cheio e para essa situação não contribuiu. 
Se achares que deves voar, voa!! Não deixes de o fazer, porque um dia cortam-te as asas quando menos esperares, e aí, vais mesmo ter que caminhar os trilhos das amarguras.
Sê forte, bondoso, honesto com o teu semelhante, que um dia a lei do retorno virá ter contigo, mas é que nem duvides.
Fotos #33688ARA
texto Peter Quiet

domingo, 19 de maio de 2019

24/01/2017

Crianças do Bangladesh trabalham 64 h/semana para fazer a nossa roupa barata

Um relatório do OverSeas Development Institute (ODI) revelou que existe um número preocupante de crianças com idades inferiores a 14 anos, no Bangladesh, que abandonaram a escola e têm empregos a tempo inteiro. Em média, estas crianças trabalham 64 horas por semana.

 
Shakhil Khan tem 10 anos e trabalha numa fábrica têxtil
Os investigadores estudaram quase 3000 agregados familiares desprivilegiados dos bairros degradados de Dhaka, no Bangladesh, e descobriram crianças de apenas 6 anos com empregos a tempo inteiro. Outras chegavam a trabalhar 110 horas por semana. Estas crianças recebiam, em média, pelo seu trabalho, menos de 2€ por dia.

“A prevalência do trabalho infantil no Bangladesh é preocupante”, declarou Maria Quattri, uma das autoras do estudo. 

De acordo com o que descobriu, dois terços das raparigas com empregos trabalham na indústria do vestuário, o que levanta sérias questões sobre a roupa exportada e o trabalho infantil

Os rapazes têm ofícios mais variados: alguns trabalham nas obras e no fabrico de tijolos e outros em lojas ou vendem produtos na rua. 13% deles trabalham também em fábricas têxteis ou em outras partes do sector têxtil.

“[As crianças] estão a trabalhar principalmente para subempreiteiros em fábricas de vestuário informais que produzem uma parte do produto que é depois vendido a empresas formais. E estas empresas exportam o produto”, explica a investigadora.

36,1% dos rapazes e 34,6% das raparigas declararam sentir fadiga extrema. Outras crianças relataram ter dores de costas, febre e feridas superficiais.


Ridoy tem 7 anos e trabalha numa fábrica, em Dhaka, que produz utensílios de metal 

 Amina (nome falso para proteger a sua identidade) tem 14 anos e só concluiu o 4º ano da escola primária. Quando o seu pai ficou doente, há três anos, Amina começou a trabalhar para ajudar a pagar as contas médicas. Hoje em dia, trabalha 12 horas por dia (com duas curtas pausas) nos serviços domésticos. “Perdi muito por não ir à escola. Mas a minha família é pobre e o meu pai está doente”, disse. Pelo seu trabalho, Amina recebe 30€ por mês.

Embora a idade mínima de admissão para prestar trabalho no Bangladesh seja de 14 anos, as crianças com 12 ou 13 anos podem realizar “trabalhos leves” limitados a 42 horas por semana. Este tipo de trabalho não está claramente definido, mas exclui o trabalho nos caminhos de ferro, em portos ou fábricas e os turnos noturnos. No entanto, estas leis são, em grande parte, ignoradas e o governo carece de inspetores de trabalho ou de outras autoridades necessárias para as fazer cumprir.

À semelhança de outros estudos, o relatório do ODI sugere que haverá milhões de crianças com menos de 14 anos a trabalhar no país asiático. O Bangladesh, com os seus 150 milhões de habitantes, tem feito progresso, nas últimas décadas para reduzir a sua taxa de pobreza, que passou de 50% da população para um terço, mas, mesmo assim, milhões dos seus cidadãos continuam a viver em favelas.

Só a escola primária é gratuita e obrigatória no país e muitas famílias carenciadas afirmaram ter colocado os seus filhos no mercado do trabalho e não na escola devido ao valor das propinas escolares. Os investigadores descobriram que a maioria das crianças “trabalhadoras” tinha dificuldade em ler uma frase simples como “a menina está a brincar” em bengali. Houve muitas que não a conseguiram ler de todo.
“O trabalho infantil representa um sintoma da pobreza e uma causa da privação educacional. Transmite a pobreza pelas gerações, aprisiona as crianças num ciclo de pobreza e compromete o crescimento económico nacional. O que o nosso estudo descobriu em Dhaka é um microcosmo de um problema global que deveria estar no centro da agenda internacional”, disse Kevin Watkins, coautor do estudo.

As crianças que trocam a educação pelo trabalho mal remunerado dificilmente reunirão as qualificações e habilidades necessárias para quebrar o ciclo da pobreza entre as gerações.

Este artigo foi retirado do site The Uniplanet.
Se gostaste deste artigo visita o Uniplanet neste link




quarta-feira, 8 de maio de 2019

O Poder dos ricos

Não sei porque tenho que ouvir tanta baboseira. Todos temos os nossos pecados, mas andar em busca do mal dos outros, perseguir, investigar aquilo que nada tem para investigar, e depois ainda ter que pagar por ter sido investigado, é mesmo kafkiano. Nunca vou entender o ser embrenhado na corrupção. A ambição da riqueza supérfula, a ostentação e uma infindável forma de fabricar euros, dólares, ou libras. 
Constato que é ruído a mais para a minha inteligência que não comporta injustiças. Maquiavelmente ignora-se a justeza das ações, a pureza das almas sofridas, e como se nada se passasse, atropela-se as liberdades de opinião e expressão. 
É de dar em maluco com tanta safatez, e de mandar tudo à merda, porque esta sociedade fede de ignorância e mal dizer.