terça-feira, 30 de julho de 2019

A sociedade julga-te pelo teu passado e não pelo teu presente.
Até podes ser a Madre Teresa de Calcutá que serás sempre julgado, pela futilidade da sociedade.
A tua marca já está destinada, para os fúteis.
O teu presente é só para pessoas inteligentes, e com essas é que deves viver.
Os xicos espertos deixa-os na sua ignorância.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

MEC tem um livro como título: “O Amor é fodido “, mas Marco tinha uma razão, muito mais forte, do que o amor fodido; era a sua incontinência e impotência muito mais fodidas do que o amor do MEC.
Por vezes, Marco só lhe apetecia pegar numa carroça de atração animal e descer Portugal de Norte a Sul, sem tempo de chegada. Era a depressão a atacar-lhe a vida menos conseguida. A incontinência criava-lhe instabilidade emocional. Tinha de viver com essa mazela para o resto da sua vida, e, ninguém o podia ajudar, porque vestir a sua pele ninguém estava pelos ajustes. Era um castigo divino a sua incontinência, talvez, pelo mal que tivesse provocado em terceiros, por isso, só tinha uma solução conformar-se com a situação e viver o resto da sua vida com a qualidade que lhe era permitida.

Fim do livro 
página 100

terça-feira, 9 de julho de 2019

Porque tem que ser assim?

Porque tem que ser assim? Assim como a sociedade de consumo quer e manda?
Podíamos ser muito mais felizes se ninguém pensasse em riqueza e levasse uma vida simples, sustentável, amiga do ambiente, e de bem com o seu semelhante.
Tu tens dois, de forma global, podias dar,  a quem não tem nenhum, mas este exemplo serviria para todo o ser humano no planeta.  
Talvez essa fosse a forma mais pura de comunismo, de socialismo, de social democracia.
Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento do nosso semelhante, temos que minimizar o sofrimento do nosso parceiro. 
O mundo está à beira do colapso, podem querer que sim, e como diz o provérbio indígena: -  Quando não houver mais nada para consumir, veremos que o dinheiro não se come.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Excerto do livro: Porque és assim?

Desde muito novo fui duro de ouvido, não porque ouvisse mal, mas sim, porque não queria ouvir o que me diziam ou o que escutava. Assim fui fazendo a minha personalidade como se um deficiente me tratassem. Coisa que nunca me disseram abertamente. A adolescência era para ser vivida sem rodeos, não importava quanto maluco fosse, era para ser vivida com toda a vontade de ser feliz à minha maneira.
Filho de várias revoluções dos anos 60, 70, 80, 90 do século XX, atravessei tempos tempestuosos bem de leve sem que me envolvesse de corpo e alma nelas, pois, sabia que só podiam ser efémeras e nem tudo de bom poderia acontecer, como realmente o provir assim o provou.
Quando era criança, talvez com onze anos, cheguei a casa vindo das aulas do primeiro ciclo, entrei no quarto dos meus pais e reparei que estavam atentos à televisão. Era um astronauta americano a descer do vai e vem e a pôr o pé na superfície lunar. A memória deste acontecimento mundial ficou-me retida até aos dias de hoje.
Trinta anos passados deste acontecimento pensei ser um astronauta num centro de reabilitação, talvez pensasse, loucamente, numa nave preste a deslocar-se para o espaço. Coisas que podem acontecer ao mais simples dos cidadãos, porque ninguém está imune a momentos de loucura, em certas fases de suas vidas. Felizmente estes delírios foram passando com o tempo, e hoje, controlo perfeitamente os momentos delirantes.
Saber que algo de diferente em mim se passava, só mais tarde, muito mais tarde, na idade adulta dei conta de mim. Não, não são vozes esquizofrénicas que vou ouvindo, são mesmo escutas das conversas dos outros que ouço com o meu ouvido duro.
Tudo podia ser delírios meus, mas não, eu estava acordado para a vida, como nunca estivera e apesar de estar já numa faze física descendente de uma vida feita de pouco sentido, tinha esperança que ainda ia muito a tempo para ser quem queria ser.
Ser especial não é para qualquer um, temos que ser uns irresponsáveis cretinos, e ao mesmo tempo, uns homens convictos de firmezas que nos levam para a frente de batalha sem rodeos.
Eu sei que até no meu corpo escarraram e que me puseram pior que um cão vadio, mas não vai ser por isso que vou ser uma pessoa pior de sentimentos, talvez, seja um homem melhor, que suporta a dor infringida com um sentido mais terno ao meu semelhante. Nunca sei quem tenho realmente pela frente, e toda a gente já passou por sofrimentos piores ou iguais aos meus, portanto, terei que ser um bom ouvinte para analisar e aprender melhor, sempre melhor na imensidão da dor.
Pagina 15/16
Peter Quiet

terça-feira, 2 de julho de 2019

Que nos deu Deus

Que nos deu Deus para ficarmos num monte de escombros encardidos de seiva humana?
Não foi para isto que andei, por montes e vales, recolhendo o que de melhor Deus me deu.
Hoje, mais do que nunca, devemos salvar a vida, porque ela passa por nós num piscar de olhos.
Recordemos os tempos de boa disposição para ganharmos forças para levar a vida para a frente, sem medos, e com honestidade, bondade e fé no ser humano que se vai perdendo na tecnologia.
Uma nova era espera por nós, e importante é, sabermos amar o próximo.

Foto #33688ARA
Comédias do Minho
Texto Quito Arantes