quarta-feira, 25 de abril de 2018

ONDE ESTÁ O 25 DE ABRIL DE 1974?


Este livro foi escrito há um ano atrás, e relata 43 anos de democracia, e também, um outro lado da democracia que os livros de escola não falam.
Eu que vivi o 25 de Abril de 1974, e com consciência política nessa altura , apesar de ser um adolescente.
Existem coisas que devem ser faladas aos filhos da revolução e que muito dos seus pais esconderam, lembrando-lhes que foi tudo um mar de rosas, mas não foi.
Este livro, o mais recente que publiquei na createspace USA, desmascara o politicamente correto que certos setores da sociedade portuguesa teimam em demonstrar aos mais novos.
Podem adquirir o livro no Café O Escritor, em Barcelos
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terça-feira, 24 de abril de 2018

CERTAMENTE QUE NÃO.


Certamente não é esta cabra, bela, reluzente, meiga de fazer amigos. Possivelmente será um humano, se é que se pode chamar de humano, que interrompe vidas, que delibera sonhos, que põe cordas ao pescoço do mais humilde dos seres.

Estou cansado de selvajarias e discursos inflamados, onde a razão não impera. Estou cansado de estar sempre cansado. Apetece-me voltar ao silêncio das noites perdidas no tempo, deixar escorregar um trago de vinho na garganta ferida de tanto implorar.

Guardo memórias, como se um pastor de sentimentos fosse. Entrego o que de melhor de mim tenho, e tu, não vais acreditar, vais sempre pensar que sou um doente que a sociedade impôs na sua política suja e de boas maneiras, mas só para quem lhe convém.

Agora, estou entregue à bicharada que mata pássaros feridos. Então só me resta a mim, ao meu eu, porque só eu me entendo. E tu? Tu ficas observando as inglórias de um Amor perdido.
Peter Quiet

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Andamos todos anestesiados

Andamos todos anestesiados. Proclamam-se aumentos no salário mínimo para 600,00 € em 2019, mas para os pensionistas há aumentos de 1,9%. Até quando a esquerda defensora dos desprotegidos e da classe trabalhadora, como eles querem parecer, resolvem colocar as pensões de sobrevivência nos seus lugares; limiar da dignidade, ou seja ordenado mínimo.
Eu até compreendo que são um milhão e meio de pensionistas, mas para injetar dinheiro na banca os milhões já não fazem diferença.
Ah!! São pessoas com bens, imóveis, mas esses bens não dão de comer a ninguém. A politica de igualdade está muito longe de ser atingida, mesmo com governos de esquerda que deixam muito a desejar. Bloco de Esquerda e Partido Comunista, andam a ver navios ao largo do Tejo, o discurso é sempre o mesmo, balelas para inglês ver. Uma verdadeira politica nacional de oportunidades passa por eliminar a pobreza de Portugal, coisa que não parece conseguirem, mesmo com maioria parlamentar. Hoje. Dá-se uns trocos ao povo, para o anestesiar e o circo vai de roda. Ninguém com responsabilidades no governo, como é sabido, põe termo à miséria que vai nos bairros pobres. Preocupam-se com droga e armas, mas dar uma vida condigna e oportunidades sérias de emprego para os jovens, não me parece que esteja a acontecer. Continua a haver um arrastar de emigração de  jovens portugueses, e não está Passos Coelho no governo. Disso o Bloco de Esquerda não quer falar, porque tem meia culpa. Agora, dá a sensação de um certo conformismo com a esmola e reposição dos salários da função pública que depois é absorvido nos impostos indiretos.
Haja paciência para tanto fogo de artifício.
 
Quito Arantes
20/04/2018 

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A Eira e o Homem.

Deixei a eira, fiz-me ao caminho, por entre burocracia e agentes de empreendorismo. Não pedi ajuda familiar, arrisquei os bens, lutei pelo meu lugar ao sol, ainda luto, apesar da minha débil saúde. Quero que entendam que não pretendo enriquecer, simplesmente, pagar as minhas despesas, a minha sopa, e compromissos legais. Fiz muita burrada pela vida, caí, levantei-me, voltei a cair e levantei-me de novo. Ressuscitei das cinzas, moldei  ao meu ser. O mau olhado deixei para trás, não era a minha praia.
Hoje trabalho doze a catorze horas por dia, sei, que tenho problemas de saúde, nunca o neguei. Tentaram-me reduzir a um hospício, provocando assim um golpe de baú.
Hoje, gosto dos meus inimigos, dão-me força para ir mais além. Dedico o meu tempo criativo, numa escrita sem pudor, e sem mais nem menos, sou eu, um ser comum, que colocam rótulos, injustamente sem qualquer tipo de fundamentação.
As semanas que passei pela eira provinciana deu para sentir um certo tipo de maldizer, de interrogação e até de admiração. Chamaram-me de ator, mas, estavam completamente enganados, vivo num mundo real, atroz, que queima os mais ingénuos. No final de tudo isto é gratificante conseguir atingir os meus objetivos. Gente que não me conhece pessoalmente, acreditaram em mim, contra tudo e todos.
Há uma Fé inabalável que vive em mim, e as pedras que encontro no meu caminho vou talhando-as no meu vagar e faço esculturas que embelezam os incrédulos
 
Quito Arantes
19/04/2018

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Marcelo dá-se mal com as perguntas pertinentes

Existe uma diferença gritante entre o mandato de Marcelo e de Cavaco; Cavaco respondia a solicitações do cidadão no portal da Presidência. Marcelo não responde, ignora o povo e hipocritamente dá abraços e beijos para os holofotes das TVs.
Não foi boa a Presidência de Cavaco, mas Marcelo Rebelo de Sousa, deixa muito a desejar... É obrigação do Presidente da República eleito pelo Povo, diretamente, que através do seu portal online, responda às questões que lhe são postas por quem o elegeu.
Não basta ser agradável aos olhos da comunicação social, é preciso corresponder às espetativas criadas pelo Presidente da República.

domingo, 15 de abril de 2018

Barcelos - Micro conto

Micro conto:
Era um amanhã serena, sem muito que dizer, mas muito para observar.
As águas do rio Cávado faziam espelhar a ponte românica, num dourado de outono. Felesmim queria encontrar um sentido para a  sua dor de alma. Sentou-se no areal, e recordou a adolescência. Meras recordações que já iam bem longe.
Então, num rasgo de memória, sentiu que nada tinha a perder, mas tudo a ganhar para o resto de vida. O sopro de vida passava por ele, como se eternizasse seus pensamentos. Deixou-se levar pela consciência límpida de remorsos, e levou o seu barco para a frente do destino.
Nunca pensou que seria capaz de lutar por seus próprios meios. Apesar de sua frágil saúde, não quis morrer sem deixar um legado, como se de um filho para a vida se tratasse. No seu rosto franzino, Felesmim trocou as voltas ao senso comum, e levou a sua humildade e simpatia aos povo que o admirava. Ficou no reino dos Deuses sem ordem mandatária para seu fim.
Felesmim, era somente, tu, cidadão, que lutas por dias melhores, que meia dúzia de astutos tentam te cobrar regras infundadas.
Descansa que Deus, saberá dizer-te o caminho, certo. Basta seres humilde com o teu semelhante e amares os desprotegidos.
 
Peter Quiet
15/04/2018
 

terça-feira, 10 de abril de 2018

IDOSOS AO PODER!!

Tu sobes montanhas, desce ao povoado e só uma pobre idosa parece existir... O inverno é agreste, são braçadas de lenha para a lareira, aquecer os potes, e tu, ficas pensando... Venho eu da cidade onde nada falta e aqui falta quase tudo, mas o pouco que há é feito com um amor que não existe na tua cidade.
Lembram, mas muito pouco, dos idosos da interioridade, os políticos da fatiota, que queimam pestana, mas nunca entendem o mal que estão a fazer a este país descaracterizado. ...Ouçam os anciãos que podiam governar melhor que esta cambada de incompetentes, que extorquem dinheiro aos mais pobres.
Agora não me digam que sou demagogo, porque isso eu não vou aceitar como resposta desses senhores feudais
Quito Arantes Escritor

domingo, 1 de abril de 2018

Porque és assim?

Cada dia que passa mais espantado fico com a vida, aprender, ver, ouvir coisas novas, uiii! Existem pessoas e grupos fabulosos, gente que passou por um sofrimento incrível, gente que ama com o coração. É preciso muito tempo para conhecer uma pessoa, um homem, uma mulher. É preciso muita entrega sem pensar receber coisa nenhuma.
Nunca pensei que pudesse estar neste estado de emoção com pessoas que não conheço pessoalmente, mas que as suas vibrações auditivas e visuais são de tal intensidade que me move para um além sem fronteiras. Poderei dizer um dia ao meu sobrinho que a vida é o melhor que Deus nos deu, e devemos senti-la com emoção sem ferir ninguém. Pena que eu não tenha conseguido fazer em grande parte da minha vida, mas como o ditado diz: - Estou a colher o que semeei…
- Porque és assim? Pergunto-me eu. Sou como Deus quer que seja, não posso ir contra as leis da natureza humana. Se Deus me quis assim, assim devo ser, e devo também tentar ser melhor ainda, se Deus me permitir.
É complicado estar sempre a falar em Deus? Os agnósticos e ateus devem pensar ser uma chatice estar com Deus na boca e na alma. Porque o calor da alma não está nessa gente fria, gelada de sentimentos, capazes de serem rudes e provocar sofrimento se de suas leis se tratar. Não ter fé num Deus é estar morto, é estar comprometido com o vazio. Parecem insinuações graves, mas que para muita gente só valem para um lado da barricada; a que eles acham que está certa, sem ouvirem a outra parte, e isso é que é grave, pior do que estas insinuações.
Ontem tive uma discussão grave com um amigo que estimo. O problema foi quando ele quis demover-me do meu carater e querer que eu fosse o chamado homem correto da sociedade do politicamente correto. Claro que soltei os cães, não posso aceitar que, conhecendo-me como sou, tentem demover-me da minha filosofia de vida e querer que eu diga amém mesmo que não sinta que é o melhor caminho.
Muitas das vezes há gente que têm dons, talentos emergidos que de um momento para o outro brotam sabedoria, e isso, incomoda muita gente em redor. Existe coisas que só a vida nos ensina e ninguém, mesmo ninguém, atinge a longevidade das ações.
Nada nos vale armarmo-nos em engraçados só para parecer diferentes, porque só figura de palhaços fazemos. Existe gente que se acha engraçada nos trocadilhos das palavras, mas são as pequenas loucuras indefinidas que nos fazem diferentes. Hoje o que importa é festas e vinho, branco ou tinto, ou jeropiga… Não vejo cultura suficiente para introspeção, para tirar diabos do corpo. Não estou a falar de curandeiros ou bruxos, já nos chega o bruxo de Fafe, e os médiuns que tiram cursos intensivos no Brasil e chegam cá uns autênticos gurus.
E vocês continuam a perguntar: - “Porque és assim?”
Mas meus amigos, não tenho outra forma de ser, cresci assim, vivi assim e não há remédio que resolva-me o problema… Bem! Deficiência de fabrico, ou não!
Tenho amigos que acham que transmito boas vibrações, que indiretamente e sem mexer uma palhinha, basta estar só presente, que seus assuntos são resolvidos. Eu não tenho tanta certeza disso, mas às vezes leva-me a crer que seja verdade estas coincidências. Se for verdade quero ser Presidente da República das Bananas, para pôr a casa em ordem e acabar com esta bosta de anarquia inaceitável.

Páginas 33/34 in " Porque és assim? "
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