Desde pequenino, que mal sabia o
meu destino, nunca tive a perceção de ser um ser único e igual a todos que
cruzavam por mim. Deram-me um destino, uma missão neste mundo, que mesmo eu sabendo
que não a podia desvendar, achei que tudo podia ser moldado, menos o meu próprio
destino.
Andei entregue ao “Deus dará”,
andei por ruas cruas e desnudas. Neste reencontro com a minha alma, fico
admirado comigo. Como poderei ser aquilo que ninguém quer que seja? Como
poderei entregar a Deus uma alma incompleta? Bem! Vamos por onde a consciência pode
andar, vamos, meu amor, por onde tu me elevas. Não deixo ficar nada por dizer,
quero ser cristalino como as águas da nascente que me ressuscitaram das maleitas
de tornarem-me tímido e deixado ao acaso.
Recordo as palavras que
acrescentaste ao meu saber, agradeço-te de coração o quanto me fizeste crescer.
Respirei terras bravias, monte e
vales, corgas e regatos espelhados na minha alma perdida. Só, simplesmente só,
te acompanho desviando o cascalho da estrada da vida, e neste caminhar tentarei
encontrar uma razão que me eleve até ti, meu amor!
Fotografia tirada por Carlos Costa
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