domingo, 6 de agosto de 2017


Desde pequenino, que mal sabia o meu destino, nunca tive a perceção de ser um ser único e igual a todos que cruzavam por mim. Deram-me um destino, uma missão neste mundo, que mesmo eu sabendo que não a podia desvendar, achei que tudo podia ser moldado, menos o meu próprio destino.

Andei entregue ao “Deus dará”, andei por ruas cruas e desnudas. Neste reencontro com a minha alma, fico admirado comigo. Como poderei ser aquilo que ninguém quer que seja? Como poderei entregar a Deus uma alma incompleta? Bem! Vamos por onde a consciência pode andar, vamos, meu amor, por onde tu me elevas. Não deixo ficar nada por dizer, quero ser cristalino como as águas da nascente que me ressuscitaram das maleitas de tornarem-me tímido e deixado ao acaso.

Recordo as palavras que acrescentaste ao meu saber, agradeço-te de coração o quanto me fizeste crescer.

Respirei terras bravias, monte e vales, corgas e regatos espelhados na minha alma perdida. Só, simplesmente só, te acompanho desviando o cascalho da estrada da vida, e neste caminhar tentarei encontrar uma razão que me eleve até ti, meu amor!
Fotografia tirada por Carlos Costa

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