quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Uma classe política baseada em novelas

Tenho constatado que os nossos políticos carecem de muito chá. Envolvem-se em enredos do diz que disse e diz que não disse, e povo a discernir que mentem com todos os dentes.A ânsia pelo poder está presente todos os dias, vendo que nem tudo o que os nossos políticos dizem são verdades absolutas. Creio que a instabilidade política vai prevalecer, pois acho que eles privilegiados da sociedade não querem saber quem está a passar mal. As contas públicas poderia ser melhore distribuídas se tivessem em conta, que mais de um milhão de portugueses vive abaixo do limiar da pobreza. Quem pode dizer o contrário? Penso que ninguém tem argumentos para esta triste realidade.Estes engravatados que se sabe lá de onde vêm, continuam a fazer sofrer o povo português que continua a dar-lhes crédito, quando deviam sair à rua em massa para protestar por melhores condições de vida. Aqui não se trata de ideologia política ou coisa que o valha, mas sim, de um direito constitucional que os nossos políticos continuam a não cumprir. Penso que no fundo, só mesmo uma valente revolução cultural poderia acabar com este marasmo que o povo enfrenta. Gente a trabalhar dois horários para fazer face às dificuldades financeiras, não é admissível numa democracia com cinquenta anos de existência. Andamos a ver recados na comunicação social, acusando-se uns aos outros como se de uma novela mexicana se tratasse, não é isso que os portugueses querem, mas sim , melhores condições de vida que é para isso que os poem no poleiro.No fundo, seremos sempre uns pedintes da UE, pois não somos capazes de gerir os nossos fundos próprios devidamente. Sem justiça social e apoio aos mais carenciados não existe governo que resista a tamanha falta de consideração por quem dá o litro todos os dias. Somos uma verdadeira tristeza no meio de uma UE que se desequilibra a cada passo. 

Como dizia o grande poeta português Fernando Pessoa: Oh! Portugal hoje és nevoeiro, tudo é incerto e derradeiro, como que o fogo fátuo encerra.

 

 

 

 

 

 


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Como pudemos melhorar os nossos comportamentos...

Toda a gente está pronta para julgar, criticar e opinar sobre coisas que tu dizes, ou mesmo postagens na redes sociais que se estão a tornar o maior cancro das relações afetivas. Gente que pensa que pode afetar outras mais frágeis nas redes sociais, são mais uns atos de cobardia e de ressabiamento que não tem outra qualificação. Fere-se constantemente o mais íntimo dos sentimentos pensando que estão seguras por  de trás do ecrã. Mas existe uma lei que é infalível quanto ao retorno, tanto para o bem como para o mal.

Por essas e outras razões tomei uma decisão pouco comum nos dias de hoje; resolvi cancelar as minhas contas nas redes sociais para ver como lidarei com isso, visto estar tudo conetado virtualmente. Não me interessa que saibam mais do que eu da minha vida social, quero paz e sossego no meu cuotidiano. Pode ser uma atitude antissocial, mas tenho de me sentir, novamente livre, como nos anos 70 e 80 do século passado, que sempre lidei bem sem telemóveis e redes sociais.

Não posso continuar a viver uma vida ilusória de coisas que não estão a acrescentar nada de novo.  Sei que vai ser difícil viver sem redes sociais, porque quer queiramos ou não toda a gente está adita a isso, é quase como uma droga dura, que não consegues controlar o poder do vício. No fundo, as redes sociais são muito dificeis de controlar, pois temos sempre necessidade de saber como vão os nossos amigos nas redes. 

Mas não tenho outra alternativa senão deixar de me conectar com o espaço virtual das redes. Sabemos muito bem que as pessoas que postam coisas na net não refletem a sua vida real.

Vamos ver no que isto vai dar, se será benéfico para mim, ou se não tenho outra alternativa de voltar  a conetar-me, pois a nível profissional tem algumas vantagens de promoção das minhas obras literárias.

Só não quero continuar com os comportamentos aditivos que surgem nas redes sociais.


quinta-feira, 18 de julho de 2024

Excerto do livro: "A incerteza de se sentir sozinho"

 

O carma é fodido, ainda se eu soubesse onde errei para puder corrigir os meus males, mas, estou, sinceramente um pouco confuso. Peço opiniões a pessoas amigas, mas o que elas me dizem é mais do mesmo: - tens de ver o que é melhor para ti, não sejas tão inconstante E eu fico a pensar que nada que eu faço é correto segundo as normas sociais impostas por leis e morais que eu não me identifico. Só peço ao Altíssimo que me dê força anímica para não ficar senil ou enlouquecer de vez. Não vai ser o álcool que me vai derrubar, pois pouco bebo, só mesmo em situações especiais. Muito menos a droga, que já me libertei há vinte e cinco anos ou mais, já lhe perdi a conta.

 Segundo a grande escritora e jornalista, Rosa Montero diz no seu livro; O medo de ficar no meu perfeito Juízo, grande parte dos escritores famosos tinha sempre alguma edição, ou era álcool ou droga. Eu não segui esse caminho, mas também me considero grande escritor, só mesmo a título póstumo e com muita sorte é que vão falar dos meus livros que estão distribuídos um pouco pelo quatro cantos da terra.

Mas pronto, que mais haverá para dizer nesta narrativa, que começou pela incerteza de me sentir sozinho e está a acabar numa tentativa de encontrar um meio social que me possa compreender, dentro das minhas limitações intelectuais.

em curso,

Página 80

quarta-feira, 10 de julho de 2024

O ACORDO COM DEUS

O acordo com Deus

 

Nos últimos tempos tenho me esquecido do acordo que fiz com Deus.

Já lá vão uns bons anos em que me comprometi seguir os ensinamentos do ser Supremo que rege a minha vida. Aqui não se trata de nenhuma condição religiosa, ou de procurar refúgio no Divino. Simplesmente tenho como admiração com o Ser que criou vida na terra. Não sei se ei-de admirar um ser omnipresente ou então a própria natureza como fator preponderante nos desígnios do homem. Não creio que tenha sido uma força sobrenatural a criar vida no planeta terra. Vou mais em acreditar nas forças da natureza como elementos base da formação de vida na terra.

É certo que desde muito pequenos somos formatados para acreditar num Deus feito à nossa imagem, imputando conceitos bíblicos nas nossa mentes. Isto estou a falar do conceito religiosas do mundo ocidental. Até se recuarmos no tempo na altura das civilizações pré-colombianas verificaremos que todas elas adoravam a natureza e as suas forças. Eram povos politeístas. Mesmo assim e apesar da controversa que existe entre as várias religiosidades no mundo, eu fico-me por acreditar que nada é criado ao acaso e as origens do universo, certamente nunca vai ser descoberto pela espécie humana.

Quando resolvi escrever este ensaio, pensei que talvez trouxesse algo de novo sobre o conceito de religiosidade e o que Deus influência as nossas vidas. Certamente haverá muita gente com os mesmos conceitos de divindade na atualidade. Não creio que serei mais um ateu, agnóstico que ainda não saiu do armário. Longe disso, sempre tive um conceito de religião mais virado para a fé e nas forças da natureza como forma de compreender as minhas aflições existenciais. Prefiro respeitar as forças da natureza como se tratassem no meu Deus astral.

Todos os ensinamentos que me deram ao longo da minha vida em relação aos atos religiosos e sua interferência na minha vida, caíram por terra, porque, praticamente como cristão de nascença, em nada me ajudou a resolver os meus problemas pessoais. Única e exclusive, foi a fé essa força que não tem religião e que move montanhas que me ajudou a ultrapassar as maiores dificuldades. Portanto, resolvi fazer um acordo com Deus; eu não te difamo e tu não interferes na minha vida, deixando a natureza das coisas resolver os problemas mais complicados.

Isto de pensar que Deus resolve todos os problemas, é um tiro no escuro, até porque, muitas das vezes, pensamos que Deus está a ser muito injusto. Não podemos dizer que o hipotético Deus resolve tudo, nós é que temos de fazer por isso e sem vontade e fé em nós, as coisas podem ficar mal resolvidas.

Deixar tudo para O Supremo resolver, não é a melhor solução, eu compreendo que a vida é uma luta constante, também doutra forma seria um tédio que estou pouco interessado em viver. Por isso, neste acordo que fiz com Deus, resolvi deixar que tudo acontecesse naturalmente sem pedir ao Divino que resolve as coisas por mim. Resolvi dar-lhe descanso das múltiplas solicitações que Ele é chamado a resolver.

livro em curso

Quito Arantes

2024

domingo, 23 de junho de 2024

Excerto do livro : A incerteza de se sentir sozinho

 

Este mundo de incertezas, coloca-nos numa situação de, por vezes, isolarmo-nos ou então termos uma certa apatia social. Aliás, as relações afetivas nunca estiveram tão degradadas como nos dias de hoje. Vê-se pelos casos de violência doméstica, pelas rixas em torno de manifestações desportivas e sociais. Como vamos deixar o mundo às gerações mais novas e às que ande a vir? Certamente não vai ser fácil inverter a situação criada, pois, somente uma reviravolta na cultura e costumes enraizados poderá levar a uma sociedade mais saudável. Com tenho dito o conceito de solidão é muito relativo e manifesta-se de forma diferente de pessoa para pessoa. Normalmente cada caso é um caso único, pois, as personalidades variam entre as pessoas. Apesar de serem os mais idosos que sentem a solidão como um mal e que se compreende, visto a maior parte das vezes de serem rejeitados pela sociedade como se fossem um fardo. O mesmo se encontra nos jovens, onde trocam as relações interpessoais pelos telemóveis e redes sociais, desvirtuando assim as suas relações sociais.

Quando resolvi escrever esta narrativa, estava ciente que poderia não ser consensual, mas a minha experiência no contexto social, leva-me a dizer que nem sempre a solidão é um problema para algumas pessoas. Existe uma certa necessidade em alguma fase da vida nos isolarmos para refletir e saber que rumo queremos para o resto das nossas vidas.

Não sei o que possa fazer para modificar o meu conceito de vida, aliás possivelmente estarei no caminho certo, muito embora, haja muita gente me considere um louco. Mas uma coisa sei, não sou um demente nem coisa que o valha, sou uma pessoa que sempre lutou para manter a sanidade mental. Neste percurso, já longo da minha vida, deixei muita coisa para trás que me era tóxica. Tive sempre a esperança que mesmo estando grande parte da minha vida sozinho, poucas foram as vezes que senti solidão. Temos de aprender a viver com as nossas limitações e o que não for possível alcançar faremos para nos conformar com o que temos e saber viver com isso.


Em curso

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Excerto do livro " Este mundo não é meu "

 Os pobres continuam pobres e os ricos cada vez mais ricos. Devíamos estar ao nível dos países do centro da Europa, mas não, continuamos os eternos pedintes da União da Europeia. Mesmo assim, continuamos a dizer que somos os melhores do mundo, muito embora, este país esteja a saque.

Como pode serve este país o melhor do mundo, quando milhares de pessoas estão a viver abaixo do limiar da pobreza?

Reformas de invalidez que não lembram o diabo, idosos abandonados que não compra medicamentos para poderem comer o caldo.Quando as crianças vão para a escola sem o pequeno-almoço. Desta forma não me posso considerar deste mundo, não me posso identificar com tamanha injustiça.

Podia aceitar tudo que vem à rede, mas não seria a mesma coisa, e não me sentiria seguro das minhas convicções se concordasse com aquilo que não me revejo. Seria uma tamanha incongruência que não tenho ideia de assumir nunca. Prefiro que me marginalizem ou descriminem do que estar de mal com a minha consciência.

Páginas 23/24

Publicado em 2022




domingo, 2 de junho de 2024

O estado a que isto chegou!

Continuo a pensar que temos boca de rico e estomago de pobre. Dá para perceber que todas as promessas eleitorais da AD, estão a ser desvitalizadas na governação. Prometem aumento de cinquenta euros a quem usufrui do CSI, em junho, coisa que não aconteceu. As negociações com as forças de segurança, estão a descambar, de tal forma que vamos ter um grave problema de segurança pública. Este estilo moderado de fazer as coisas por parte do nosso governo tudo leva a querer que não vai chegar ao fim da legislatura. 

É claro que a aposta eleitoral de dar mais benefícios aos jovens vai sair em saco roto, porque não está a ser feito de forma estruturante, mas sim, de forma avulsa que cria situações de fragilidade económica para os jovens. Temos um governo solidário com os desfavorecidos? Não! De forma alguma, estão preocupados com o crescimento económico e apoiar as grandes empresas para criar posto de trabalho, mas esquecem-se que ainda existe muita gente com salários abaixo do limiar da pobreza e nada fazem para combater este flagelo que se encontra enraizado na sociedade portuguesa.

Como podem os portugueses acreditar nos políticos, quando prometem mundos e fundos ao povo e quando estão no poder invertem as prioridades. No fundo é tudo uma cambada de pretensiosos que usam o poder para se ostentarem e tentarem mostrar ao povo aquilo que na verdade não são. Cria-me asno este pretensiosismo político de quem quer estar na ribalta para memória futura, como se estivessem a fazer algo de extraordinário. 

Continuamos com dois milhões de pobres e não se vê resolução para esta trágica crise social. Estão preocupados com TGV, aeroportos e travessias sobre o Tejo, quando deviam distribuir a riqueza e fundos do Estado para melhorar as condições se vida dos portugueses. Infelizmente seremos sempre uns tradicionais apoiantes do fado, Fátima e futebol. Enquanto esta mentalidades sebastianista e de velhos do restelo não mudarem, Portugal nunca terá futuro e a cauda da europa será sempre o nosso lugar.

 


sábado, 18 de maio de 2024

Quando chegaremos a bom porto?

Mesmo que o primeiro-ministro venha a público dizer que a legislatura é para levar até ao fim, eu não estou tão convicto disso. Primeiro, se o governo continuar com decisões como se tivesse maioria absoluta, penso que não vai levar a melhor, depois, a arrogância do quero, posso e mando, vai levar a roturas parlamentares, onde a oposição pode, muito bem, propor uma moção de censura ao governo, basta que para isso a divergência com o governo seja unânima, depois não se pode culpar a oposição como se fosse uma força de bloqueio, quando o governo não se senta à mesa de negociações com os outros partidos com assento parlamentar. Além disso ainda temos a as carreiras profissionais da função pública que não estão nada contentes com as negociações em curso.

A ver vamos, no que isto nos vai levar, se a bom porto, ou então, a um caos governativo por falta de ação democrática das forças políticas. 

As eleições europeias, parecendo que não, vão ser um teste ao governo, porque toda a gente sabe que muitas das políticas internas de Portugal estão sujeitas a decisões da EU. 

sábado, 4 de maio de 2024

A incerteza de se sentir sozinho


Atualmente todos somos descartáveis perante uma sociedade consumista e sem valores morais e éticos. Os valores estão a inverterem-se perante a passividade de quem não se quer opor a este flagelo civilizacional.

O calcar quem é diferente e que foge às normas sociais impostas por um conservacionismo social, que se acha melhor impor normas e leis, por vezes contranatura, faz com que muita gente se isole e se mantenha à margem da sociedade.

Cada ser pensante é único e não existe pensamentos iguais, de uma forma ou outra temos sempre pontos que são divergentes da opinião pública. Existe uma tendência para desvalorizar quem é original naquilo que faz, porque normalmente quem desvaloriza é gente que não consegue chegar ao patamar dessas pessoas. 

 
Manuscrito em curso

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Não basta só dar!

Hoje, normalmente, pensa-se que dar, seja o que for, é um gesto altruísta, mas, é preciso saber qual a intensão de que em está a dar e com que sentido o faz. Porque há muita gentinha que dá para receber algo em troca que o beneficie. Isso não é a melhor forma de ajudar o parceiro ao lado. Temos que ter conscência que uma oferta deve ser incondicional e de forma justa. Sabemos bem que, muitas das vezes, a lei do retorno demora a acontecer e quando vem será quando menos esperamos. 

Com isto não quero dizer, que devemos nos tornar uns Santo Antão, ou coisa que o valha, mas sim, honestos connosco e em liberdade. Há gente que se despoja de seus bens, como que isso fosse um fardo que carregavam em toda a sua vida. Mas, também sabemos que vivemos num mundo muito egoísta que em certas alturas das nossas vidas inferniza todas as nossas aspirações a ter uma vida condigna. Portanto, devemos estar atentos aos chicos-espertos e vigaristas que se aproveitam de gente humilde e de bom coração. A maldade está em todo o lado, não nos deixemos vencer pelo mau-olhado e vibrações negativistas. 

Dar para mais tarde receber, talvez não seja a melhor atitude. É sempre melhor partilhar o pouco que temos com alguém que nos inspire confiança. Como muita gente já disse: - "Este mundo é uma selva", mas não somos obrigados a viver nessa mesma selva, podemos sempre sair dela e ficar num porto seguro, onde os barcos atracam trazendo felicidade ao mundo.

terça-feira, 26 de março de 2024

Espetável a falta de consenso no parlamento

 Quando falei no dia 10 de março em que o país podia ficar ingovernável, acho que não me enganei, pois como disse, muito bem, André Ventura, o egocentrismo da coligação AD, está a pôr os interesses partidários ao real interesse do país e da vontade do povo português. Montenegro e Pedro Nuno Santos lutam por manter a bipolarização dos seus partidos, coisa que não é possível com esta composição parlamentar. Não se pode ignorar um milhão e cem mil votos dos portugueses, e acho que este dois partidos do arco da governação ainda não cairam nesta nova realidade política.

É de louvar que contra a comunicação social, toda ela com os mesmos tiques esquerdista de sempre, o grupo parlamentar do Chega, consegue por mérito próprio desmascarar toda a arrogância e propotência da AD. Temos que assumir a nova realidade do país, o povo está farto destes jogos entre PS e PSD para manterem-se na liderança da política nacional.

Nas minha modesta opinião os três partidos mais votados e com influência decisiva nos trabalhos parlamentares têm de se sentar a à  mesa das negociações e entrarem em convergência para bem do país. Não se pode continuar a ignorar um milhão e cem mil votos dos portugueses.

domingo, 10 de março de 2024

E agora Portugal?

Como se advinhava  a direita ganhou as eleições legislativas, mas sem maioria de um partido, o que leva a querer que as minhas previsões de ingovernabilidade se vai pôr em cima da mesa. É claro que a AD não vai dar de mão beijada o poder ao partido socialista e vai ter de engolir o que disse acerca do Chega. Porque de outra forma não vai conseguir governar. Temos que ter consciência que o povo está a ficar cansado da bipolarização do poder e o Chega veio para ficar no aspetro politico nacional. Sem vermos como se comporta o partido de André Ventura, nunca saberemos se o que ele vem dizendo se concretiza na realidade. Assim, como em grande parte da europa a direita está a ganhar terreno, principalmente pelo desgaste e más gestão dos partidos de esquerda que têm mostrado pouca consistência em resolver os principais problemas.

Se realmente a direita combater afincadamente a corrupção, teremos um país melhor e mais sério. Cabe aos políticos reverter a situação que mais preocupa os portugueses, como a habitação, saúde, educação e justiça. Porque sem uma justiça social o país nunca irá progredir rumo a um futuro mais justo e solidário.

As minha previsões no último texto que aqui escrevi, confirmam-se e temo que o país fique ingovernável por mero capricho  do PSD e de seu lider que nunca deveria ter dito o não ao Chega. Como diz o ditado: Nunca digas nunca, porque no melhor pano cai a nódoa.

domingo, 3 de março de 2024

A ingovernabilidade de Portugal.

Receio que no próximo dia  10 de março, Portugal fique ingovernável. Sem maioria à esquerda e uma hipotética falta de consenso com a maioria à direita, o presidente da república fica com um problema  na mão muito difícil de digerir. A probabilidade dos indecisos decidirem as eleições é pouco provável, pois, os votos vão ser distribuídos tanto à esquerda com à direita. Assim teremos um país dividido a meio e sem grandes hipóteses de ser governado. A não ser que não se respeite a lei eleitoral. Coisa que não prevejo.

Certo também é que a comunicação social está a levar ao colo a esquerda portuguesa, não é difícil de ver no dia a dia. E nós sabemos bem como o povo é influenciado pelos Mídias. Estes tiques esquerdistas que já vêm desde o tempo do PREC, e que felizmente se estão a desvanecer, fizeram um ideia errada do que é a direita democrata. Colar a direita democrata ao fascismo do Estado Novo é, sem dúvida, uma ignorância total dos acontecimentos durante os cinquenta anos de democracia. Se tivéssemos de falar de totalitarismo ou opressão, teríamos de perguntar principlamente aos partidos de esquerda radical o que fizeram no passado recente da nossa democracia, o que testemunhamos no verão quente de 1975 até 1980. Um clima de terror que se viveu em Portugal. Ainda existe muita gente viva que presenciou esses momentos lamentáveis.

Sendo assim, teremos um país que não assume os erros do passado e pensa que o socialismo é a melhor forma de viver em sociedade. Só que esse socialismo que nos querem incutir nunca funcionou em nenhum país livre do mundo. No meu modesto ver, foi a social-democracia que desenvolveu os países mais ricos da europa, e onde se vive em liberdade plena. 

Se queremos que nossos filhos vivam em liberdade, temos que lhes contar a verdadeira história de democracia portuguesa e não ocultar factos verdadeiros de acontecimentos ocorridos nos anos mais difíceis em que os historiadores pós 25 de abril, nos vão contando com omissões graves dos factos históricos.

Não admira que o povo esteja tão dividido com tanta hipocrisia na campanha eleitoral. Uns prometem aquilo que sabem que não vão poder cumprir, outros querem acabar com a corrupção que está instalada na sociedade portuguesa, esquecendo que primeiro têm que mudar a forma cultural do povo e isso leva mais cinquenta anos. Ainda existem outros que querem voltar ao bolchevismo totalitário dizendo que defendem as classes trabalhadoras.

Estou bastante cético sobre o resultado destas eleições, espero me enganar para bem de todos nós, pois pelo caminhar da carruagem eleitoral e as sondagens pouco sustentáveis, teremos um país ingovernável e irá voltar às urnas logo que possível. 

Uma coisa é certa, estamos cada vez mais pobres, tanto economicamente como eticamente. Os valores morais já não contam para nada, assiste-se a um desrespeito assustador pelos idosos e pelas crianças, a justiça não funciona em tempo útil, o resto já toda a gente sabe ao que o socialismo nos trouxe. O valor humanista caíu em desuso  e a continuar assim teremos um país completamente descaracterizado, onde não vamos saber quem é português ou de outro país qualquer, tal é o fluxo da emigração descontrolada. 

No dia 10 de março, estarei aqui para voltar a falar do resultado das eleições e fazer o ponto da situação de Alma Aberta.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A Cultura, parente pobre das legislativas.

 É com muita tristeza que reparo não haver nenhuma atenção à cultura na campanha eleitoral e mesmo nos debates televisivos. Como já disseram vários vultos da cultura portuguesa; um povo pobre culturalmente será sempre um eterno escravo.

Não compreendo que não se faça a mínima alusão à cultura. Fala-se muito pouco de educação, do ensino e muito menos dos agentes culturais. Uns cantam o hino nacional e depois querem matar o Camões. Parece-me que está tudo a ficar tresloucado. A história cultural de um povo tem que ser elevada ao ponto de nunca ser esquecida, porque foram feitos heroicos dos nossos antepassados que fizerem a Nação que somos hoje.

Dá-me a sensação que querem acabar de vez com a cultura, pois, um povo ignorante é sempre mais fácil de ser governado. Enquanto que os nossos políticos se guerreiam insultuosamente, não falando das soluções estruturantes para o país, o povo começa a ficar confuso de tamanha anulidade das soluções que vão apresentando. Os apoios à cultura são migalhas que não matam a fome para produzir criatividade cultural. Da esquerda à direita não existe uma única palavra para a cultura. E como sabemos, é como matar a alma de um povo. 

Vou estar atento até ao dia dez de março para ver se a cultura é falada e que soluções para a incentivar vão ser ditas até lá. Já há muito tempo que não vejo nenhum político que se ache intelectual a falar de arte, música, literatura, pintura, escultura, dança, teatro etc,. A ver vamos se a mediocridade dos nossos políticos é capaz de sair do marasmo em que se encontra.