domingo, 23 de junho de 2024

Excerto do livro : A incerteza de se sentir sozinho

 

Este mundo de incertezas, coloca-nos numa situação de, por vezes, isolarmo-nos ou então termos uma certa apatia social. Aliás, as relações afetivas nunca estiveram tão degradadas como nos dias de hoje. Vê-se pelos casos de violência doméstica, pelas rixas em torno de manifestações desportivas e sociais. Como vamos deixar o mundo às gerações mais novas e às que ande a vir? Certamente não vai ser fácil inverter a situação criada, pois, somente uma reviravolta na cultura e costumes enraizados poderá levar a uma sociedade mais saudável. Com tenho dito o conceito de solidão é muito relativo e manifesta-se de forma diferente de pessoa para pessoa. Normalmente cada caso é um caso único, pois, as personalidades variam entre as pessoas. Apesar de serem os mais idosos que sentem a solidão como um mal e que se compreende, visto a maior parte das vezes de serem rejeitados pela sociedade como se fossem um fardo. O mesmo se encontra nos jovens, onde trocam as relações interpessoais pelos telemóveis e redes sociais, desvirtuando assim as suas relações sociais.

Quando resolvi escrever esta narrativa, estava ciente que poderia não ser consensual, mas a minha experiência no contexto social, leva-me a dizer que nem sempre a solidão é um problema para algumas pessoas. Existe uma certa necessidade em alguma fase da vida nos isolarmos para refletir e saber que rumo queremos para o resto das nossas vidas.

Não sei o que possa fazer para modificar o meu conceito de vida, aliás possivelmente estarei no caminho certo, muito embora, haja muita gente me considere um louco. Mas uma coisa sei, não sou um demente nem coisa que o valha, sou uma pessoa que sempre lutou para manter a sanidade mental. Neste percurso, já longo da minha vida, deixei muita coisa para trás que me era tóxica. Tive sempre a esperança que mesmo estando grande parte da minha vida sozinho, poucas foram as vezes que senti solidão. Temos de aprender a viver com as nossas limitações e o que não for possível alcançar faremos para nos conformar com o que temos e saber viver com isso.


Em curso

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Excerto do livro " Este mundo não é meu "

 Os pobres continuam pobres e os ricos cada vez mais ricos. Devíamos estar ao nível dos países do centro da Europa, mas não, continuamos os eternos pedintes da União da Europeia. Mesmo assim, continuamos a dizer que somos os melhores do mundo, muito embora, este país esteja a saque.

Como pode serve este país o melhor do mundo, quando milhares de pessoas estão a viver abaixo do limiar da pobreza?

Reformas de invalidez que não lembram o diabo, idosos abandonados que não compra medicamentos para poderem comer o caldo.Quando as crianças vão para a escola sem o pequeno-almoço. Desta forma não me posso considerar deste mundo, não me posso identificar com tamanha injustiça.

Podia aceitar tudo que vem à rede, mas não seria a mesma coisa, e não me sentiria seguro das minhas convicções se concordasse com aquilo que não me revejo. Seria uma tamanha incongruência que não tenho ideia de assumir nunca. Prefiro que me marginalizem ou descriminem do que estar de mal com a minha consciência.

Páginas 23/24

Publicado em 2022




domingo, 2 de junho de 2024

O estado a que isto chegou!

Continuo a pensar que temos boca de rico e estomago de pobre. Dá para perceber que todas as promessas eleitorais da AD, estão a ser desvitalizadas na governação. Prometem aumento de cinquenta euros a quem usufrui do CSI, em junho, coisa que não aconteceu. As negociações com as forças de segurança, estão a descambar, de tal forma que vamos ter um grave problema de segurança pública. Este estilo moderado de fazer as coisas por parte do nosso governo tudo leva a querer que não vai chegar ao fim da legislatura. 

É claro que a aposta eleitoral de dar mais benefícios aos jovens vai sair em saco roto, porque não está a ser feito de forma estruturante, mas sim, de forma avulsa que cria situações de fragilidade económica para os jovens. Temos um governo solidário com os desfavorecidos? Não! De forma alguma, estão preocupados com o crescimento económico e apoiar as grandes empresas para criar posto de trabalho, mas esquecem-se que ainda existe muita gente com salários abaixo do limiar da pobreza e nada fazem para combater este flagelo que se encontra enraizado na sociedade portuguesa.

Como podem os portugueses acreditar nos políticos, quando prometem mundos e fundos ao povo e quando estão no poder invertem as prioridades. No fundo é tudo uma cambada de pretensiosos que usam o poder para se ostentarem e tentarem mostrar ao povo aquilo que na verdade não são. Cria-me asno este pretensiosismo político de quem quer estar na ribalta para memória futura, como se estivessem a fazer algo de extraordinário. 

Continuamos com dois milhões de pobres e não se vê resolução para esta trágica crise social. Estão preocupados com TGV, aeroportos e travessias sobre o Tejo, quando deviam distribuir a riqueza e fundos do Estado para melhorar as condições se vida dos portugueses. Infelizmente seremos sempre uns tradicionais apoiantes do fado, Fátima e futebol. Enquanto esta mentalidades sebastianista e de velhos do restelo não mudarem, Portugal nunca terá futuro e a cauda da europa será sempre o nosso lugar.