domingo, 21 de outubro de 2018

O poder da exteriorização escrita...

Parecia quase um beco sem saída. Havia a hipótese de seguir um caminho estranho na minha vida. Então era o risco que queria petiscar, para libertar uma alma em convulsões. Segui rumo ao mais norte de Portugal, edifiquei o meu lar, a meu gosto, sem interferências alheias,e ali "onde o judas perdeu as botas" durante meia dúzia de anos descobri o que podia ser,e o que não podia ser, onde estariam os meus limites. O sonho tinha-se tornado realidade, novos amigo, novas formas de pensar o mundo,e eu, absorvendo toda a informação positiva.
Até que chegou o dia de voltar à cidade materna, um dever de filho que a casa dos pais retorna para deles cuidar. Aqui nesta pequena cidade, vou criando o meu canto, com invejas, males entendidos, com gente que gosta de mim e outras que não gostam, nem com molho de tomate. Mas a vida do solitário é mesmo assim, de erro em erro, atinge-se uma maturidade, com muitos custos.
Mas seu só quero que o Amor prevaleça, sem assédios, mas com belezas de almas que vou encontrando. Deixo a virilidade para os mais novos, hoje interessa-me o carinho que as pessoas têm umas pelas outros. O sentido de solidariedade está na nova pessoa que vou conhecendo, seja doutor, ou simples trabalhador indiferenciado. Interessa-me o que vai na alma das pessoas não nos bens materiais que possam ter. Não sou caça dotes, nunca fui, mesmo quando,não sabia o que andava a fazer neste mundo.
Agora, que já estou numa idade não jovem, mas de espírito adolescente, desprendo-me do futuro e vivo um presente, tranquilo, sem pressas de lá chegar. Interessa-me este caminho que vou trilhando, a chegada   não é para mim, mas sim o caminho.

Peter Quiet

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