domingo, 8 de dezembro de 2013

"A CARTA"

Capitulo XVII

 

O Natal aproxima-se a passos largos, e eu penso, como o José Luís Peixoto quando diz: “à mesa seremos sempre cinco”, no meu caso, seremos sempre quatro, o meu pai, a minha mãe, eu, e meu irmão que está na casa dele com a sua família.

Será sempre um regresso às origens, onde enquanto for possível, viverei aqueles dias de festas natalícias, como se de um menino me tratasse. ­Abraçarei meus pais, com a intensidade de sempre, mostrarei que seu filho continua a amá-los tão bem ou melhor.

 Deixarei a serra nas festas natalícias enquanto meus pais forem vivos, e assim “seremos sempre quatro à mesa”, menos o meu irmão que está com a família e os sogros.

Não vou dizer que não sinto saudades deles, porque estaria a mentir com todos os meus dentes. Tenho saudades dos meus sobrinhos, do meu irmão e da minha cunhada, muito embora possa não ser recíproco em relação ao meu irmão, mas isso não tem importância para mim, porque nunca deixarei de amá-lo.

 Será bom voltar a minha casa em janeiro, com todo este frio de inverno, e voltar a ver e conviver com os meus vizinhos. Haverá um tempo que já daqui não irei sair, penso eu, mas como nada é definitivo, à que viver um dia após outro, e senti-lo com intensidade, mesmo que seja para o bem ou para o mal.
 
In "A Carta " Capitulo XVII
em curso
Quito Arantes
 

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