sábado, 28 de novembro de 2020

Novo livro editado - "Poesia Aos Quatro Ventos"

Depois de “Verão Quente de 1984”, Quito Arantes surpreende-nos com mais uma revelação poética muito ao seu estilo. As palavras respiram vida, despertam emoções. O sorriso de uma lágrima, o grito surdo de dor, saudade e abandono, ou a tormenta de tempestades e incertezas. Este espelho de imagens incertas e fugazes dá também lugar a momentos de pura sensualidade. Como o poeta já nos tem vindo a revelar, é na amálgama de palavras que ele encontra o seu refúgio. Recorrendo a uma cronologia e à sua particularidade que foge à norma, a partir desta “Poesia Aos Quatro Ventos”, o leitor é envolvido na sua obstinada busca do amor, de si próprio e do seu mundo.



Fugindo do caos sofrido

Encosto a alma à mãe Natura

Sinto os sinais dos seres selvagens

Que me despoluem as amarras

Da intempérie do sufoco urbano.

Destilo nos sons da Natureza

Nos arranques voluntários

Da minha igualdade partilhada.

Rasgo as palavras inusitadas

De um mundo que não me pertence.

Refresco a minha face

Nas tuas águas cristalinas

Viste-me chegar empobrecido

Nas rédeas do mau-olhado.

Agora sou tu em mim,

Plenitude da Natura.

Agarra-me, leva-me contigo…


23 de fevereiro de 2012

Quito Arantes -
Poesia Aos Quatro Ventos, 2020


 

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