Eu
sei que até no meu corpo escarraram e que me puseram pior que um cão vadio, mas
não vai ser por isso que vou ser uma pessoa pior de sentimentos, talvez, seja
um homem melhor, que suporta a dor infringida com um sentido mais terno ao meu
semelhante. Nunca sei quem tenho realmente pela frente, e toda a gente já
passou por sofrimentos piores ou iguais aos meus, portanto, terei que ser um
bom ouvinte para analisar e aprender melhor, sempre melhor na imensidão da dor.
Quando
os meus amores chegaram até a mim, eu não sabia o que era amar, e não amei a
reciprocidade, não me entreguei o suficiente para reter alguém em mim por muito
tempo. O tempo necessário para entregar-me ao amor.
De
amor teremos muito para falar, mas não agora, mais lá para a frente. Quando
estiver exausto de pensar, aí falarei de amor.
Existiram
dias que nunca devia ter saído de casa, foram risco de demência em que estive
sujeito, mas se não tivesse saído também não saberia o intervalo e limite da
sanidade e da loucura. Fechado no meu casulo, como se tivesse que tecer longos
lenços de seda do além para dar voz às minhas tormentas.
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