quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Perde-se a tradição

Ponte de Lima

Perde-se o que de melhor a tradição. Nessa altura não havia doenças na comida, feita aos olhos do povo que visitavam as tascas de Portugal.Depois veio as normas europeias, para matar o negócio regional, e enriquecer os grandes grupos económicos. Capitalismo selvagem, agressivo a toda o o vapor. Olho para trás não vejo os balcões de tábuas de carvalho que dava gosto pôr a mão do tanto uso que tinham. As chouriças, os presuntos,e as pipas de carvalho já não podem ser expostas ao público. O terror da A.S.A.E. começou a minar o comercio tradicional, ouve quem protestasse, mas o poder económico infiltrado,  na esquerda e na direita política, não fizeram mais do que baixar as calças aos europeus do centro e norte, que queriam introduzir os seus produtos em Portugal. A nossa vizinha Espanha foi mais lenta, e deixou que o pequeno comercio tradicional mantivesse os seus costumes e tradições. Aqui não se trata  os costume de higiene e segurança alimentar. Trata-se de matar as tradições do povo mais antigo do continente velho. Inveja da nossa natureza , do nosso sol, do nosso caloroso acolhimento aos forasteiros.Quantas vezes não fui comer pernil  cozido em vinho tinto, e nunca me fez mal. Hoje produz produtos à pressão, embaladas com datas que não se sabe ao certo se batem certo com o estado dos produtos. Muita comida fast-food e servida aos nossos jovens que se tornam obesos. Quero acreditar que as multinacionais vão explorar os povos de África e do Extremo Oriente, onde crianças são escravas do trabalho infantil, para nós deliciarmos-nos chocolates e especiarias.Este é o mundo que nós temos e que não pedimos, mas políticos e meia dúzia de multimilionários nos oferecem para sustentar as suas ostentações e leviandades. Peter Quiet

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