sábado, 26 de abril de 2014

"A Carta nas Quatro Estações" (Continuação)

Nestes dias de primavera, um pouco chuvosos, tenho- me preocupado com a divulgação do meu mais recente livro. Embora o universo dos meus leitores não seja muito vasto, pelo menos são me fiéis, e isso é gratificante.
Sabes amiga, esta vida que levo, é uma constante luta pela sustentabilidade. O que me vale é este aconchego serrano, e os amigos que me visitam, que vão-me dando alento para continuar. Quero que saibas, neste testemunho, longo e sincero, levarei aos quatro ventos, todo o meu sentir, onde não faltará, a honestidade das palavras.
Este madrugar, é vivido de forma sentida, em todas as arestas da vida. A escrita é a minha companheira diária, onde não falta a exaltação dos medos e todas as sensações à for da pele. Descobrirei com o tempo, ou não, que esta passagem pelo mundo terreno, será como Deus assim quiser, contra a força da natureza, nada posso, nem quero sobrepor-me a isso. Reconheço a minha insignificância perante as forças superiores. Não deixarei de evocar os nobres ensinamentos que pessoas simples deixam um pouco em mim.
Agora que já passaram duas estações, vejo como são belas e vivas as transformações da natureza. Recordo com um certo sentido nostálgico o fim de cada estação. Em cada encanto vivido, guardarei para memória futura, todas as vivências sentidas, no cair de cada folha outonal, nos mantos de neve que cobriram o meu lugar, o renascer primaveril. Todas as transformações, da mãe natura, acordam sonhos antigos e imaginários, perdidos no tempo. Neste desabrochar de alma, ficarei mais rico, e mais sensível há vontade de servir o próximo.  

" Há sempre um lugar que espera por nós "

by Quito Arantes

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