Não
quero desistir dos meus sonhos, são eles que me fazem caminhar, sem me perder
pelo caminho, vou buscando todo o sentido das coisas simples, que me vão
acontecendo. Pequenas conversas, com os naturais da minha vila, fazem-me
crescer dia após dia. Não quero luxos, quero uma vida digna com um pouco de
conforto, onde meu trabalho se desenvolva fluentemente, muito embora o meu
amigo Fritz não me deixe trabalhar como desejaria. Mas, “c´est la vie”, não se
pode ter tudo.
Ando com os sonos trocados, mas o importante é
que durma as horas necessárias ao meu ritmo biológico. Gosto de acordar a meio
da noite, e me dar uma vontade enorme de me pôr em frente ao computador e
escrever esta carta que, pelos vistos, vai ser longa. Não passará de uma carta,
onde o diabo não possa entrar, e percorrerá as quatro estações. Foi assim que
me propus, amiga! Serão ventos de outono, inverno, primavera e acabarei em
pleno outono, belo, onde comecei por te escrever as primeiras palavras. É esta
partilha de emoções que me surgem a cada pensamento, e como dizia, a
diabolização não vai fazer parte destes escritos.
Quero sentir as quatro estações como nunca
senti, e de alma aberta, dizer-te o que vai no meu íntimo, sempre sem assédios
ou coisas do género. É a nossa amizade que quero que prevaleça.
In "A CARTA"
EXCERTO
QUITO ARANTES
1 comentário:
Bela "partilha de emoções"!
Obg. pelo momento!
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