Hoje, quando fui fumar uma cigarrilha à varanda dos meus aposentos reais, deparei-me com uma situação caricata: - Não é que o galo de Barcelos, algures na margem sul rio Cávado, começou a cantar? Eu até não queria acreditar. Mas infelizmente era verdade, poucas pessoas presenciaram este acontecimento inédito.
Primeiro, pensei que estava a alucinar, pois pouca gente iria acreditar em mim. Que os galos já começam a cantar às três da manhã já toda agente das redondezas o sabem disso. Aliás para os mais céticos, eu posso convidar a assistir ao fenómeno da natureza galinácea em Barcelos, cidade ex-libris no coração do Minho - Portugal.
Mas voltando à vaca fria, passo a expressão, isto de mexer com a natureza das coisas ancestrais tem as suas consequências, normalmente para pior. O mundo está perdido, completamente descaracterizado em toda a a sua essência natural. Não sei que finalidade possa ter tamanha evolução de demencia declarada no dia a dia, principalmente por gente que não quer aprender a viver de forma sustentável e coerente. Não quero assim, dar numa de salvador da pátria, mas quando acontece ver o galo a cantar à meia a noite, já começo a acreditar em tudo. Ter um mês de janeiro, com noites primaveris, não considero muito normal, e olhem que já tenho sessenta primaveras vividas, bem ou mal, foram vividas.
Este acontecimento, inédito, de ouvir um galo de Barcelos a cantar à meia noite, devia ser caso de estudo cientifico.
Quito Arantes
03.01.2022
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