Quito Arantes celebra dez anos de escrita literária,
contando com dezassete obras publicadas, estando já a caminho da décima oitava.
Fazendo uma breve retrospetiva, em 1990, o autor iniciou
a sua intensa atividade de escrita. Durante nove anos escreveu para “páginas de
leitor” na revista Noticias Magazine do Jornal de Notícias e também no Jornal
de Barcelos, com artigos de opinião no âmbito de políticas sociais.
Após uma profunda reflexão sobre a sua atividade e a
conselho de uma psicóloga, resolveu dar luz à sua história de vida, numa obra
romanceada, baseada em experiências vivenciadas pelo próprio. Assim, surgiu o
seu primeiro livro editado em 2010.
"O Chalé de Cork" foi apresentado na Feira do Livro
de Barcelos, seguindo-se, a ficção com "A Janela Aberta" também em
2010. Entre outras atividades ligadas à arte, Quito Arantes é fotógrafo e
músico, tendo realizado uma exposição de fotografia “ 2 OLHARES”, em coautoria
com Sofia Carvalho, na Biblioteca Municipal de Barcelos em Julho de 2010.
Segundo Quito Arantes, “havia algo que não me fazia parar
de escrever, e assim o trabalho literário foi-se desenvolvendo a uma média de
dois livros por cada ano que passava.”
Durante cinco anos, entre 2011 e 2016, esteve em retiro
espiritual, onde viveu na sua “Casa do Sol Nascente” no Parque Nacional da
Peneda-Gerês, mais concretamente, em Castro Laboreiro, onde inspirado pela
Natureza e vida selvagem desenvolveu grande parte da sua obra literária.
Em 2011, publica o seu primeiro livro de poesia, “Verão
Quente de 1984” no qual constam também letras de músicas que ia compondo durante
uma longa viagem pela Europa.
Seguem-se,
respetivamente, em 2014: “Diário do Medo na Existência”, “Contos de Encantos”, “Até
Sempre!”, “O Recuperador de Tempo” e “As Quatro Estações e um Citadino”, esta
última, uma das obras que mais tempo absorveu ao escritor, podendo mesmo
afirmar-se que foi de tal forma intenso que o leitor é levado a viajar através
do espaço temporal e a percorrer juntamente com o autor as quatro estações, na
sua longa contemplação das metamorfoses da “Mãe Natura”, através da janela da
“Casa do Sol Nascente”.
Em 2015, é editado “Os Amores de Jesué”. Nunca tendo
deixado de escrever a um ritmo apaixonante de “fervilhar de ideias e criação”,
o autor desenvolveu vários projetos, muitos deles ainda por desvendar.
O livro seguinte, cujo ano de publicação é 2017, trata-se
de “Onde Está o 25 de Abril de 1974?” que tal como o próprio autor o define, é
“uma outra história da revolução e suas consequências”.
Já em 2019 são publicados: “O Incontinente”, “O Homem da Cidade Mais Perto do Céu!” e
“Porque és Assim?”.
Em 2020, precisamente no ano em que celebra dez anos de
carreira literária, Quito Arantes, também com os heterónimos Peter Quiet e
Taborda Fonseca, edita duas obras, sendo uma delas, autobiográfica, “Memórias
de Um Psicótico” e “Pensamentos Soltos”.
No âmbito internacional, desde 2015 que Quito Arantes tem
vindo a editar obras traduzidas para a língua inglesa, respetivamente, “In the House of Le Patriarche”, “The Four Seasons and a Townie”, “The Open Window”, “The Hot Summer of 1984”, “Ode
to the Four Winds” e “The Journey”,
este último em coautoria com Paula Ferreira, baseado no seu primeiro livro “O
Chalé de Cork”.
Atualmente a residir na sua cidade materna, o autor
dedica-se a tempo inteiro à escrita, tendo recentemente publicado o seu segundo
livro de poesia em 2020, “Poesia Aos Quatro Ventos”, no qual revela, uma vez
mais, a sua incrível capacidade criativa.
Esta compilação de textos, micro-contos e reflexões tem
por objetivo retratar de forma genérica e não exaustiva, o percurso do autor ao
longo da sua construção de sonhos, em estados de alma, por meio de uma amálgama
de palavras ao seu estilo muito peculiar.
Ao longo de textos, umas vezes sob a forma de prosa
poética, outras, narrativa descritiva ou, até mesmo, numa abordagem direta ao
leitor em forma de diário e em frequentes descrições objetivas e subjetivas, o
autor partilha as suas mais profundas emoções, vivências, estados de alma,
revoltas e lutas incessantes pela justiça social, a sua paixão arrebatadora
pela serra, por costumes e o povo castrejo.
Claramente, podemos constatar a sua entrega e o seu
render a estas terras e a estas gentes. Não esquecendo, de igual forma, o seu
berço materno a que faz referência diversas vezes. No fundo, ele exterioriza na
escrita o longo percurso da sua interminável introspeção. Neste ondular de
emoções, o leitor é convidado a conhecer o autor na sua forma mais pura e cristalina,
como ele diria “as águas cristalinas que brotam de rochosos do alto da serra de
Castro Laboreiro”.
Paula
Ferreira
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