segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

As Quatro Estações e um Citadino - excerto do 1º capítulo


Capítulo I
Neste percurso de vida, derramei o meu coração por
algumas mulheres, que me fizeram ser mais homenzinho.
Nunca fui o suficiente justo com quem partilhou a vida
comigo. O meu egocentrismo deixou que as relações que
tanto investi se tornassem enfadonhas, e sem pernas para
andar. Sempre gostei de sexo carnal, talvez em algumas
vezes agressivo, mas nunca violento. Deixei restos de mim
a vaguear em mulheres que deram muito de si para me
conhecer melhor.
Agora vivo no reino dos solitários, mas não na solidão.
Continuo com amigos e amigas que gostam da minha
companhia, mas certamente ainda não me conhecem o
quanto desejaria…
Dizias que não te conto nada, mas muita coisa já foi
dita, e muito mais te direi, para que não haja dúvidas
quanto ao meu diagnóstico que um dia realizarás acerca da
minha pessoa. Existe uma vontade de te conhecer melhor
e para isso te direi a pessoa que eu sou, sem subterfúgios,
que possam negligenciar a minha pessoa. Serei sempre “um
pinga amor” com a minha timidez característica, de me fazer
por vezes de difícil compreensão, mas a honestidade
prevalecerá sempre em meu peito sofredor. O amor, por
vezes mal-entendido, será o mote do meu destino, será a
razão que me faz viver, que me faz sobreviver às
intempéries que a vida me traz, talvez por erros do
passado. Mas serei eu e a minha consciência de homem
simples, que na sua sensibilidade quer trazer amor aos seus
amigos e um carinho que por vezes falta na arrogante
sociedade em que vivemos.

NB: Já lá vão quatro anos que deixei as terras do Laboreiro, mas de vez enquanto, emerge uma saudade daquelas terras mágicas. Pelo uma vez na vida, aconselho a evidenciar toda aquela natureza em estado puro.



 

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