Nos
últimos tempos a minha vida tem sido uma série de acontecimentos com uma certa
relevância. No espaço de quinze dias fui ouvido por duas procuradoras do
Ministério Público e por um delegado de saúde. É evidente que as acusações e
alegações de que fui alvo não faziam sentido nenhum. Na última instância,
delegado de saúde não viu qualquer razão para ficar sujeito a tratamento
psiquiátrico, não fazia qualquer sentido.
Agora
perguntam-me muitas vezes: - Porque és assim?
Eu
respondo de uma forma simples; sou como devo ser igual a mim mesmo, com carácter e personalidade própria. Preocupa-me os meus pais idosos que tento
dar-lhes o máximo do conforto que as minhas forças conseguem. Preocupa-me os
animais indefesos, as crianças negligenciadas e as mulheres maltratadas, as
terras e cidades vandalizadas. Acho que já é alguma coisa com que preocupar-me.
Até
agora tenho falado muito sobre natureza, serra e intempéries nos meus livros
anteriores, mas desta vez vou sair um pouco sobre dessa temática, também para
dar um passo mais alargado há minha imaginação e criatividade literária. Como
veem sou mesmo presunçoso e vaidoso, mas que vou fazer, sou mesmo assim: directo e transparente.
Houve
tempos que pensei que seria músico, tinha mais ao menos vinte músicas compostas
e registadas na SPA, andam pelo youtube, algumas, mas no fundo não tinha o
talento suficiente para tal ser artístico. Mas esta mania de eu querer ser
escritor tem durado bastante tempo e trabalho. Gosto de falar de Amor, de
sentimentos comuns, de coisas que nos afligem, de dar azo à imaginação.
Por
vezes penso que devo ter um défice cognitivo de atenção, ou então alguma doença
genética que me impede de amar moderadamente. Quando entro na vida de alguém é
para ser com todo o corpo e alma, muito embora possa não darem conta disso.
Esta mania de arranjarem doenças mentais para pessoas normalíssimas é muito
estranho que a sociedade possa marginalizar o ser comum e entronizar um anormal
pop star ou artista de cinema. Fazem-se filmes sobre John Nash prémio Nobel da
Economia sobre seu problema de saúde metal e esquecem-se milhões de pessoas com
o mesmo problema onde estas são tratadas como loucas. Mas que ade fazer-se se o
mundo parece estar a chegar aos limites do razoável.
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