Este meu discurso negativista quanto à sociedade que
vivemos em Portugal, não vem de agora, vem desde sempre que tomei consciência dos
interesses instalados na classe política. As carreiras políticas fazem-se
jogando em parcerias de mal-feitorias no dia a dia. Ninguém vai para político
por amor ao país, vai para político para defender interesses instalados na
sociedade, que a meu ver, não facilitam a vontade dos portugueses terem vidas
felizes. Somos um povo triste, amargurado nos débitos bancários, onde a vida
humana não tem valor, mas sim, o património alienado por décadas, que se vai
desvanecendo com os anos, e de geração em geração.
A nossa democracia está doente, e não sei se tem cura possível,
enquanto as mentalidades sociais não se alterarem. Um povo consumista obcecado
com as grandezas materiais não pode contribuir para uma sociedade igualitária,
onde deveres e direitos constitucionais sejam aplicados de forma desigual para todos
os cidadãos. O meu poder económico não pode prevalecer perante o meu semelhante
que tem menos, deve sim, ser distribuída as mesmas regalias sociais. A
sociedade capitalista, ao longo de décadas vem discriminando as pessoas, criando
desigualdades, onde elas não deviam existir.
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