Este mundo tão pequeno na gíria
informática e das novas tecnologias, só te vai transparecer no já e agora, como
um raio que te fere a visão e os sentidos remanescentes. Agora pensa… Onde está
o pião, os amigos da chochinha, o e aí vai alho? Coisas do passado, não é?
Pois! Hoje socializas-te com o androide, com o smartphone, sei lá, tudo tão
imediato que não te dá tempo para refletires o que te vai na alma. Eu até
compreendo que o mundo evolui, mas mais para dependências psicológicas que não
são o uivar do lobo, as frescas manhãs, nos rechiares dos pássaros. Haverá
sempre um tempo desconhecido, acredita que haverá. Assim como tudo evolui, que
eu, não sei para onde isto vai parar, nem quero fazer futurismo. Quero abraçar
o amigo(a), e dizer quanto gosto dele(a), onde não exista malícia. Neste tempo,
capitalista, guardo as conversas feitas de olhos nos olhos e não nas cochas a
descobertas das minhas amigas. Uma pedra perde-se no tempo e fico como um
rochedo encantado, quando vou apurando a minha aprendizagem em pequenos
momentos de satisfação. Agora pensa, pensa, que não és só tu que tem problemas
difíceis de resolver. Eu sei que eles não sabem, mas vais sair, no teu passo
seguro e certeiro, encantando o teu próprio ser egocêntrico. Vocês sabem que
todos somos um pouco egocêntricos, mesmo que inconscientemente. Guarda em ti os
teus tesouros e transmite-os às pessoas de bem, transmite-os aos adolescentes,
aos mais novos. Muita coisa que só tu sabes pode ajudar uma pessoa à beira de
um suicídio, e só por isso, vale apena viver.
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