domingo, 5 de fevereiro de 2017

Um desejo vem sempre acompanhado


Tenho pensado, ultimamente, nas minhas amizades. Vejo amigos meus interessados em estar comigo, mas tem-me dado a sensação que normalmente traz “água no bico”.
Gostava de estar com amigos, desinteressados, sem pretenderem tirar algo de mim, e  absorverem o melhor de mim, assim como eu tento fazer. Muitas vezes peço ajuda, e na verdade, sou ajudado, só que tem sempre o reverso da medalha e essa ajuda vou ter que a pagar, não sei por que preço. Se valorizamos as relações afetivas nada deve ter um preço, o preço é para consumíveis, não é para sentimentos de afeto.
Guardo, por vezes, a crueldade que meus olhos vão vendo, animais presos a correntes de meio metro, há chuva e ao vento. Homens discutindo futebol, que depois já não é futebol e já passa a lavagem de roupa suja, enfim, um circo que no século XXI, já devia estar enterrado para sempre.
Os canais de televisão portugueses, são intragáveis, não têm por onde se lhes pegar. Tragédia a seguir de tragédia, bem que podia ser; cultura atrás de cultura, seja ela popular ou não. Porque se não evoluirmos culturalmente, também a nossa sociedade ficará atrofiada ao medievalismos. Deem voz aos jovens, façam com que eles falem das suas aflições, o que pretendem para futuro. Portugal não são os homens de meia idade, engravatados, parlamentarista ou coisa que os valha. Portugal são os jovens que darão o futuro a médio prazo, que  farão evoluir a nossa sociedade. Portanto há uma necessidade extrema de os preparar para a selva da competição laboral, onde o patrão capitalista tenta espremer ao máximo os seus funcionários. Todos sabemos que as grandes  superfícies como pingo doce ou continente  exploram até à dignidade humana os seus funcionários, só assim se pode explicar os lucros fabulosos destas empresas.

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