E como toda disfunção de desenvolvimento vários mitos surgem. Uns dizem que as crianças autistas são fechadas no próprio mundo e só interagem com o ambiente que elas mesmas criam. Mas isso tudo não é verdade. Quando você vê uma criança autista parada, em um canto, somente observando as outras crianças brincarem, não significa que ela está presa no próprio mundo. Isso apenas significa que ela não consegue ter a iniciativa de começar ou manter uma conversa, ou não consegue achar um meio de iniciar na brincadeira.
Muito comum é que quando as pessoas se dirigem a quem têm autismo pensam que o autista não entende as palavras e acabam tratando o autista como um deficiente mental. O caso é que, pela dificuldade de comunicação do autista, ele em alguns casos realmente não está prestando atenção. É muito difícil de tachar uma pessoa como tendo retardo mental se ela não consegue interagir com as outras. Esse é o grande problema do portador do autismo.
O autismo ainda não tem cura ou um tratamento específico. No entanto, existem terapias que ajudam as crianças e os pais dos portadores de autismo a ultrapassar as dificuldades que o Autismo lhes impõe com maior facilidade. Muitas abordagens e terapias têm sido desenvolvidas. Apesar de não ter cura, os tratamentos permitem que as crianças tenham uma vida plena.
Um dos tratamentos em destaque é o que aborda o lado biológico e psicológico. Uma delas é a abordagem Son-Rise que usa uma metodologia de TEACCH, que é a sigla para Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children. O objectivo dessa técnica é aumentar o funcionamento independente da pessoa.
Já a terapia ABA, consiste em uma análise do comportamento da pessoa e também tem apresentado muitos resultados positivos. Há ainda um tratamento biológico baseado no aumento das funções bioquímicas, e na eliminação dos metais pesados presentes no organismo da pessoa.
O importante é que a criança que seja portadora do Autismo tenha sempre um acompanhamento médico para além do acompanhamento complementar de fonoaudiologos e psico-pedagogos.
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