segunda-feira, 8 de março de 2010

Aldeia da Pena

Aldeia da Pena: Quem vem do Norte é apanhar a A1 em direcção a Viseu A25, sair em Vouzela, seguindo para S. Pedro do Sul. Em seguida N 228 para Castro Daire e logo na saída de S.Pedro do Sul tem placas que dizem Aldeia da Pena
Quem vem do sul pela A1 é chegar a Aveiro, apanhar a A25 em direcção a Viseu
saída em Vouzela - S. Pedro do Sul. N 228 direcção Castro Daire

A lenda que está na origem do nome Pena:
" A serpente"
Existia uma serpente com muitas dezenas de metros que quando tinha sede ia beber à ribeira e quando tinha fome exigia um boi dos habitantes da aldeia, ameaçando-os se tal não fizessem. Até que acabaram os bois da aldeia e a serpente começou a comer os habitantes, sendo dados à sorte para ver quem seria o próximo. Sempre que a serpente comia uma pessoa, os outros diziam: - Que pena! Que pena!. Surgindo assim o nome da Aldeia da Pena.
Conta-se também, que um certo barbeiro que estava apaixonado por uma rapariga que iria ser devorada pela serpente, espalhou lâminas pela ribeira, cortando assim a serpente, matando-a.


Não sei qual é o simbolismo desta caveira de bode, mas que é assustadora e bela, lá isso é.

Uma das lendas da aldeia é " O morto matou o vivo". Reza a lenda que no tempo em que na aldeia não tinha cemitério e acessos, os mortos eram carregados aos ombros para aldeia vizinha. Num certo dia quando carregava a urna peno caminho, um que ia atrás, escorregou numa pedra caindo e a urna bateu-lhe na cabeça matando-o. Assim o morto matou o vivo.

Vista das casas da aldeia

Uma habitante da Pena que me surpreendeu, quando ouvindo o rachar de lenha, deparei-me com esta senhora a fazer uso do machado. É claro que na aldeia a força dos braços jovens, há muito que não existe. Alguém tem que abastecer a fornalha com lenha.

A Aldeia da Pena é uma das aldeias preservadas de Portugal. Fica encrava no sopé de dois montes da serra da Arada, entre os rios, Vouga e Paiva. A construção das casas é quase exclusivamente de xisto e lousa. Pude contar não muito mais do que vinte e duas casas e onde a sua população não vai além de dez pessoas, quase todas idosas. A dureza da serra, o isolamento, ditaram o abandono dos seus habitantes para a emigração. É sem dúvida, uma das aldeias mais características de Portugal no seu estado mais puro.

3 comentários:

Sofia Carvalho disse...

GRANDE registo, Francisco! Deixas-me sempre com vontade de percorrer esses caminhos que fotografas. Adoro este genero de registos do quoatidiano das pessoas, d locais rurais, mas isso já sabes. nota máxima. Parabéns!

Anónimo disse...

Francisco, não tenho como expressar quão boa fora a viagem que contigo fiz. Obviamente que por através de teus registros fotográficos, ou melhor, por tuas criações artísticas... Devo muito a Portugal, especialmente nossa rica e maravilhosa língua... Voltarei!
Abraço.

Helder Pinto disse...

Esta maravilhosa paisagem, transmite-me paz e muita armonia...
Estar nesta aldeia é tipo um conto de fadas.
Breve estarei aqui para acrescentar mais algo ao que estou a dizer.
Abraço