terça-feira, 29 de abril de 2014

De visita a Gorbelas - Peneda-Gerês

No encanto montanhês, memorizo o meu olhar, em comunhão com a natureza. Recordo que ainda existem lugares em Portugal que merecem uma visita, nem que seja só uma vez na vida...
 (S. Bento do Cando)

 (Gorbelas)







 (vista da Gavieira do alto de Gorbelas)

sábado, 26 de abril de 2014

"A Carta nas Quatro Estações" (Continuação)

Nestes dias de primavera, um pouco chuvosos, tenho- me preocupado com a divulgação do meu mais recente livro. Embora o universo dos meus leitores não seja muito vasto, pelo menos são me fiéis, e isso é gratificante.
Sabes amiga, esta vida que levo, é uma constante luta pela sustentabilidade. O que me vale é este aconchego serrano, e os amigos que me visitam, que vão-me dando alento para continuar. Quero que saibas, neste testemunho, longo e sincero, levarei aos quatro ventos, todo o meu sentir, onde não faltará, a honestidade das palavras.
Este madrugar, é vivido de forma sentida, em todas as arestas da vida. A escrita é a minha companheira diária, onde não falta a exaltação dos medos e todas as sensações à for da pele. Descobrirei com o tempo, ou não, que esta passagem pelo mundo terreno, será como Deus assim quiser, contra a força da natureza, nada posso, nem quero sobrepor-me a isso. Reconheço a minha insignificância perante as forças superiores. Não deixarei de evocar os nobres ensinamentos que pessoas simples deixam um pouco em mim.
Agora que já passaram duas estações, vejo como são belas e vivas as transformações da natureza. Recordo com um certo sentido nostálgico o fim de cada estação. Em cada encanto vivido, guardarei para memória futura, todas as vivências sentidas, no cair de cada folha outonal, nos mantos de neve que cobriram o meu lugar, o renascer primaveril. Todas as transformações, da mãe natura, acordam sonhos antigos e imaginários, perdidos no tempo. Neste desabrochar de alma, ficarei mais rico, e mais sensível há vontade de servir o próximo.  

" Há sempre um lugar que espera por nós "

by Quito Arantes

segunda-feira, 21 de abril de 2014

"A Carta nas Quatro Estações" (continuação)

Capítulo XXXVI

Das flores e regatos de águas cristalinas, vejo a natureza no seu esplendor, onde possa dizer: estou vivo no olhar de encanto pelo que de mais belo ela me pode dar. Ver as cabritas pastando livremente nos prados, o feno que cresce num alimento anunciado para o inverno agreste. Não sei onde tudo isto me poderá levar, nem estou em idade para pensar nisso. A presença dos dias vividos com amor e intensidade, numa comunhão com a terra, é a cura que mais eficácia pode ter para os tiques citadinos que me poluem a alma. Agora é o reencontrar da paz na subida à serra, onde “a casa do sol nascente” espera por mim. Estou curioso de ver as morangueiras que crescem suspensas na parede da casa, e ver também, as tulipas floridas nos seus copos coloridos.
Posso imaginar o meu respirar, profundo ao deparar-me com os maciços granitos do Alto Mouro, e encontrar o meu paraíso intato. Amo a serra, amo tudo que a natureza me oferece, amo o homem montanhês, na sua originalidade, e serenidade. Tenho saudades das “poças” do meu lugar, ver o sol nascer no planalto do Laboreiro, e encontrar o meu descanso de alma sofrida.
Não guardo rancor a ninguém, nem mesmo dos meus, ditos inimigos, sei perdoar, ninguém é perfeito, também eu erro todos os dias. Deverei ser um homem melhor cada dia que passa e viver numa harmonia com Deus e os homens.
Ficarão as saudades da família, até novo encontro, onde possa afagar as ansiedades de uma vida complexa. Não digo um adeus, digo um até breve, onde a necessidade de um novo encontro surja nos nossos corações.


" Obrigado Deus por um novo amanhecer"

by Quito Arantes

quarta-feira, 16 de abril de 2014

" A Carta nas Quatro Estações " (em curso)


Sabes amiga, o risco e a coragem andam de mãos dadas, e neles apostei a minha vida. Não podia passar, passivamente, pelo resto da minha vida terrena. Havia um sinal Divino que me chamava para uma mudança radical de conceito de vida. Assim, lutei, e pude constatar que as minhas capacidades de sobrevivência iam muito além do que pudesse prever. Não há espaço para atritos e mal entendidos. Clarificar o espírito e encarnar o bem, é tudo que desejo, sendo que, o Amor ao próximo nos faz melhores pessoas. 
Espero regressar com vontade de fazer mais e melhor pela comunidade onde estou inserido. A procura de melhores soluções, para os problemas que possam acontecer, será envolvida em tarefas diárias, e entrega da melhor forma que conseguir. Agradeço a Deus, todas as beneficies que me tem oferecido. 

by Quito Arantes

terça-feira, 15 de abril de 2014

"A Conquista do Poder aos Malfeitores"

Desde a implementação do movimento de cidadãos, este com traves mestres: Portugal sairia da “zona euro” e, de seguida, da União Europeia; a criação de um forte e consistente mercado interno; o país teria de apostar no Atlântico, reativando e modernizando a frota de pescas e marinha mercante; criação de um corredor comercial e industrial, entre Portugal e os países da américa latina; fomentação da fixação de jovens no interior; proceder a um investimento forte sem precedentes na agricultura, para que o país se torne autossustentável; criação de protocolos em trocas de comércio com a Europa, onde exportações de alta tecnologia estivessem na vanguarda; criação de um imposto solidário a todos os contribuintes ativos, de forma a sustentar o SNS e o Ensino Público.
Um memorando, aos olhos de muitos, com uma carga ideológica muito forte, talvez mesmo utópica, que poderia não ser aceite pela mentalidade do povo português, considerando-a pois onírica, mas Portugal já tinha passado por tudo e o cansaço das populações sobrecarregadas de impostos e sacrifícios, poderia levar a uma mudança de sistema político, por força das circunstâncias.

by Quito Arantes

domingo, 13 de abril de 2014

A Carta nas Quatro Estações (em curso)

Amiga! Agora, que a primavera se afirmou, estou na cidade, mas com a cabeça no meu recanto, saudades das minhas plantas, dos meus vizinhos. Falta-me a passagem diária em frente de minha casa, das cabritas da minha vizinha, que fazem o favor de podar, através da rede de vedação, os louros que saem para além da rede. Os copos das tulipas quando chegar a casa, já devem estar coloridos, e de frente para eles agradecerei a Deus a vida crescer no pátio de casa. Amo o campo, amo a serra com todas as suas condicionantes. É um privilégio, conseguir estar, onde realmente, minha alma descansa. Nem sempre foi possível, e agora preservo esta dádiva, com olhos de ver.
Podemos não ter muito dinheiro para gastar, mas há coisas que não têm preço, não há dinheiro que compre, o conseguir estar em equilíbrio com as forças da natureza humana. Todos os caminhos percorridos não foram em vão, levaram-me ao encontro de problemas resolvidos, em simples dizeres, de alma aberta, às pessoas que me querem bem, e aí eu venério toda a vontade de me verem feliz.
Esta eternidade, que paira sobre mim, faz com que não haja receio desta vida efémera. Vamos ser melhores na nossa criação temporal, vamos sair da escuridão da alma, vamos sentir-nos grandiosos à imagem de Deus. Nunca em tempo algum, a felicidade me atingiu tão fortemente, como nestes últimos três anos de vida serrana. Creio que sou um elemento da natureza, e nela devo respeito. Sentado nas montanhas, sinto a força da natura, respiro o ar puro que me oferece, e como se o caminho não tivesse volta para dar, acaricio as árvores centenárias, banho-me nas águas cristalinas que descem as corgas. Há sempre um tempo na vida que decisões têm que ser tomadas, para um melhor encontro com nós próprios. Rezo pela vitória do bem sobre o mal, que haja salvação para as almas perdidas. Todo o meu querer de amar o próximo, é como uma necessidade de me sentir livre de preconceitos estereotipados numa sociedade de consumo, que não olha a meios para obter fins.

Terei para ti, amiga, aquele abraço amigo, como querendo transpor para ti, parte da minha felicidade. 
by Quito Arantes

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"A Carta nas Quatro Estações"

Neste enxergar de estações, o tempo passa na sua leveza, a vida completa seu ciclo, e eu, aqui neste lugar de privilégio, encontro formas de me sentir vivo. Nada será como dantes, desde que me instalei nestas terras. Do agreste ao calor tórrido, trago comigo toda aquela sensação que o meu caminho é mesmo este. Ainda ontem, numa aberta de dia chuvoso, o sol raiou, e toda a terra ficou iluminada. Aproveitei para dar uma volta ao quarteirão do lugar, e sentir e bela áurea que me confortou.
Aqui neste ambiente serrano a poluição industrial não existe, o ar é puro e toda a envolvência que a natureza proporciona é realmente uma grande dádiva. Pena é que as entidades oficiais não promovam a vinda de casais jovens para povoar este recanto. Certamente muita gente que se identifica com o mundo natural, aqui seria feliz.

Deixarei que o vento leve meus pressupostos por um tempo se fim. Meto as mãos na terra fresca e sinto vida vir até mim. Aqui, serei sempre a minha essência, serei eu e as pessoas de bem, serei, também, aquilo que Deus quiser…

by Quito Arantes